Economia

Sindicatos alertam sobre impactos da expansão de veículos elétricos no Brasil

O mercado de veículos eletrificados no Brasil cresceu de 4% para 7% em 2024. A BYD comprou a antiga fábrica da Ford em Camaçari, criando até 10 mil empregos. O governo retomou impostos de importação para proteger a indústria nacional. Sindicatos temem que a produção local não se consolide e gere desemprego. A transição para veículos elétricos pode abrir novas oportunidades de trabalho.

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A rápida expansão do mercado de veículos eletrificados (VEs) no Brasil, especialmente os de origem chinesa, está transformando a indústria automotiva nacional, com impactos significativos para trabalhadores e cadeias de produção. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a participação de VEs e híbridos nos novos registros subiu de 4% entre janeiro e outubro de 2023 para 7% no mesmo período de 2024. Montadoras como Volkswagen, Toyota, BYD e Great Wall Motors (GWM) estão investindo na produção local, com a GWM planejando iniciar a fabricação de híbridos em 2025 e a BYD prevendo a produção de 300 mil veículos anualmente em Camaçari, Bahia.

Os sindicatos expressam preocupações sobre a transição energética, argumentando que o Brasil deve garantir a apropriação da cadeia produtiva e investir na requalificação de trabalhadores. Aroaldo Silva, presidente da IndustriALL-Brasil, enfatizou a necessidade de processos produtivos que assegurem empregos e desenvolvimento tecnológico no país. Em contrapartida, sindicalistas nas cidades que receberão novas fábricas estão otimistas, com expectativas de geração de até dez mil empregos pela BYD em Camaçari.

A produção de veículos no Brasil, que emprega mais de 107 mil pessoas, ainda está abaixo do pico de 135 mil em 2013. A crise econômica e os incentivos fiscais para veículos elétricos importados, que zeraram impostos em 2015, são apontados como fatores que prejudicaram a indústria local. As vendas de carros chineses aumentaram significativamente, passando de 7.052 em 2022 para 41.288 em 2023, com o Brasil se tornando o principal mercado internacional para VEs chineses em maio de 2024.

Os sindicatos questionam a real intenção das montadoras em produzir localmente, temendo que adotem o modelo Complete Knock-Down (CKD), que implica na montagem de veículos a partir de peças importadas. Embora haja preocupações sobre a redução de empregos devido à menor complexidade dos VEs, estudos indicam que a montagem desses veículos pode exigir até dez vezes mais trabalhadores. A urgência de políticas públicas que protejam e criem novos empregos é amplamente reconhecida, com propostas para diversificar as tecnologias veiculares e fortalecer as cadeias produtivas domésticas.

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