Economia

Assédio digital: como as bets usam Instagram para atrair novos apostadores

A revista piauí destacou o uso de celebridades para promover apostas online, como Neymar e Gkay. Novas evidências mostram robôs recrutando influenciadores para apostas ilegais no Brasil. Conversas revelam estratégias de marketing agressivas, visando aumentar o vício em jogos. Influenciadores são pagos por cada novo "depósito", incentivando práticas fraudulentas. O documentário "Deu Red" discute o impacto do vício em cassinos online e a ética na promoção.

Uma das peças da plataforma PG, citada em propaganda que chegou por mensagem (Foto: Reprodução)

Uma das peças da plataforma PG, citada em propaganda que chegou por mensagem (Foto: Reprodução)

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O investimento de empresas de apostas em publicidade com artistas e influenciadores tem se mostrado crucial para atrair apostadores, intensificando a epidemia de vício em jogos online. A reportagem "O bonde do tigrinho", publicada na edição de janeiro da piauí, expõe as táticas de marketing dessas empresas, revelando os altos cachês de celebridades como Neymar, Carlinhos Maia e Virgínia Fonseca. A influenciadora Gkay, por exemplo, recebia R$ 1,4 milhão mensais para promover a Esporte da Sorte, até decidir romper o contrato em 2024 devido à deterioração de sua imagem.

Além de grandes nomes, perfis com poucos seguidores também são abordados por robôs que enviam mensagens automáticas no Instagram, oferecendo parcerias com cassinos online. Um exemplo é a proposta recebida para promover a Loljogo, que não possui autorização do Ministério da Fazenda. A interação com o robô revelou um esquema onde o pagamento de R$ 1 mil seria feito por cada cem "depósitos", que na verdade se referem a novos usuários atraídos para a plataforma.

Outras abordagens semelhantes foram relatadas, com influenciadores sendo incentivados a estabelecer metas de novos usuários em troca de pagamentos. Uma proposta incluía um adiantamento de R$ 500 e um pagamento de R$ 10 por cada cliente novo, independentemente do valor apostado. A falta de comunicação por telefone e o uso de perfis com nomes estranhos levantam suspeitas sobre a legitimidade dessas ofertas.

O documentário "Deu Red: Azar ao alcance das mãos", produzido por alunos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, discute a crescente dependência de cassinos online. A influenciadora Nath Finanças destaca que a remuneração das bets é estruturada em dois pagamentos, e alerta que quem aceita essas propostas pode contribuir para o vício de novos apostadores. Nath afirma que nunca aceitou fazer esse tipo de propaganda por questões éticas, ressaltando a gravidade do problema.

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