Economia

Vinland Capital redireciona investimentos para LatAm e EUA em busca de melhores retornos

A Vinland Capital, com R$ 10,9 bilhões em ativos, muda foco para o exterior. Gestora busca empresas defensivas no Brasil, como Grupo Mateus e Grupo GPS. Expectativa de dólar alto e incertezas fiscais impactam a estratégia de investimento. Ibovespa teve queda de 10,4% em 2024, refletindo desconfiança do mercado. Humberto Meireles alerta para riscos fiscais e políticos que podem afetar a confiança.

Vista da região da Av. Faria Lima, em São Paulo: segundo Meireles, parte do risco fiscal já está precificado no mercado acionário. (Foto: Victor Moriyama/Bloomberg)

Vista da região da Av. Faria Lima, em São Paulo: segundo Meireles, parte do risco fiscal já está precificado no mercado acionário. (Foto: Victor Moriyama/Bloomberg)

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A Vinland Capital decidiu reduzir sua posição na bolsa brasileira e redirecionar sua estratégia de renda variável para mercados externos, como Chile e Colômbia. Segundo Humberto Meireles, sócio da gestora que administra R$ 10,9 bilhões em ativos, esses países e os Estados Unidos apresentam um “perfil de risco-retorno mais favorável”. No Brasil, a gestora foca em empresas defensivas, menos vulneráveis ao cenário macroeconômico, como o varejista Grupo Mateus (GMAT3) e a rede de segurança Grupo GPS (GGPS3), além das utilities Copel (CPLE6) e Sabesp (SBSP3).

Meireles observa que, apesar do impacto do cenário macroeconômico, essas empresas têm potencial para se beneficiar da incerteza atual. Ele também menciona a aposta em exportadoras, como Suzano (SUZB3) e São Martinho (SMTO3), prevendo que o dólar permanecerá em níveis elevados até que o governo tome medidas mais eficazes em relação aos gastos. O mercado brasileiro enfrentou um cenário desafiador em 2024, com o Ibovespa caindo 10,4%, o pior desempenho em três anos, após as propostas de cortes de gastos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva não atenderem às expectativas dos investidores.

Meireles destaca que parte do risco fiscal já está embutido nos preços das ações, mas uma deterioração adicional é possível, dependendo das ações futuras do governo. Ele alerta que os efeitos da alta de juros na economia ainda não estão totalmente refletidos nos preços dos ativos. “O governo não tem dado os insumos corretos para o mercado ficar menos preocupado com isso”, afirmou, enfatizando que uma combinação de um cenário fiscal complicado, desorganização política e atividade econômica fraca pode levar a uma queda na confiança do mercado.

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