Wall Street se anima com planos de Trump para o mercado de criptomoedas

Wall Street está mudando sua postura em relação às criptomoedas, impulsionada pela nova administração do presidente Donald Trump, que agora adota uma agenda favorável ao setor. Durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, o CEO do Morgan Stanley, Ted Pick, afirmou que a instituição está disposta a colaborar com reguladores para explorar como pode atuar como transacionadora de ativos digitais. Essa mudança de tom é atribuída ao apoio de Trump à indústria de criptomoedas, especialmente em sua campanha de 2024, onde ele começou a contar com o financiamento do setor.

Na quinta-feira, Trump emitiu uma ordem executiva abrangente sobre criptomoedas, focando na "proteção e promoção" do uso de ativos digitais. O movimento é visto como um sinal positivo para os bancos, que até então hesitavam em apoiar transações de criptomoedas devido à postura regulatória anterior. A SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) havia imposto mais de 200 ações de execução relacionadas a criptomoedas desde 2013, o que dificultou a adoção por instituições financeiras.

A revogação da regra de contabilidade SAB 121, que tratava criptomoedas como passivos, foi um passo importante para facilitar a participação dos bancos no mercado de criptoativos. Essa regra, que impunha requisitos de capital rigorosos, foi um obstáculo significativo para a adoção de criptomoedas por Wall Street. A nova administração está promovendo um ambiente mais favorável, com a nomeação de defensores das criptomoedas para posições chave, como Paul Atkins na SEC e Scott Bessent no Tesouro.

Os CEOs de grandes bancos, como Brian Moynihan, do Bank of America, também expressaram otimismo em relação à adoção de criptomoedas como uma forma de pagamento, desde que haja diretrizes claras. A disposição para explorar o mercado de criptoativos está crescendo, com a expectativa de que a regulamentação se torne mais favorável, permitindo que os bancos expandam suas ofertas além do comércio de derivativos e ETFs. A valorização do bitcoin, que atingiu quase R$ 110 mil, reflete essa nova fase de otimismo no setor.