27 de jan 2025
Hapvida propõe poison pill para proteger controle acionário em meio a desvalorização
A Hapvida propôs uma poison pill para limitar a participação acionária a 20%. A medida visa proteger a empresa de investidas, especialmente após o caso Hypera. A família Pinheiro controla 36,5% das ações, mas o free float é de 56%. A desvalorização de 41% das ações em 12 meses atraiu o interesse de fundos. Recentes movimentações no setor de saúde indicam um aumento de apetite por aquisições.
Jorge Pinheiro, presidente da Hapvida: a família tem cerca de 36% da companhia (Foto: Claudio Belli/Valor)
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A Hapvida incluiu na pauta de sua assembleia de acionistas a proposta de uma poison pill em seu estatuto, visando proteger a empresa contra investidas de investidores que não ofereçam prêmio aos demais acionistas. A medida limita a participação de um único investidor a 20% do capital, um movimento que ocorre em um contexto de desvalorização das ações, que caíram 41% nos últimos doze meses. A família Pinheiro, que detém 36,5% das ações, busca garantir seu controle em um cenário onde o free float representa 56% do capital.
A proposta de proteção é vista como uma resposta ao aumento do apetite de fundos de investimento por empresas com controle frágil, especialmente após o recente caso da Hypera, onde um investidor lançou uma oferta hostil apesar da presença de acionistas significativos. O episódio gerou um alerta em outras companhias, incluindo a Hapvida, que busca evitar uma situação semelhante. A movimentação do mercado, com ações da Hapvida subindo 3% nesta segunda-feira, reflete a preocupação dos investidores com a possibilidade de novas aquisições.
Além disso, a Hapvida tem conseguido reduzir sua desalavancagem trimestralmente, o que pode ser um fator positivo em sua estratégia de captação de recursos. A proteção proposta também assegura que, mesmo em caso de diluição, a família Pinheiro mantenha influência significativa nas decisões da empresa. O valor de R$ 3,6 bilhões correspondente a 20% do capital é um montante que poderia atrair a atenção de investidores.
O setor de saúde tem visto movimentações significativas, como a compra da Amil e acordos entre grandes empresas, indicando um ambiente competitivo e dinâmico. Um investidor da Hapvida comentou que "as empresas se movem quando veem tubarões na água", sugerindo que a vigilância sobre o mercado é crucial para a proteção dos interesses acionários.
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