28 de jan 2025
Retrocesso na diversidade: grandes empresas reduzem iniciativas de inclusão
Empresas nos EUA, como Google e Meta, cortam áreas de diversidade. Relatório da McKinsey mostra que diversidade aumenta em 39% a performance financeira. Empresas brasileiras mantêm investimento em inclusão, com 72% dedicadas ao tema. Abandonar diversidade prejudica inovação e pode afetar a percepção da marca. Inclusão deve ser vista como investimento estratégico para a competitividade.
Elon Musk: críticas à política de inclusão (Foto: Allison Robbert/AFP/Bloomberg)
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Nos últimos meses, um movimento preocupante tem sido observado: grandes empresas estão fechando suas áreas de diversidade e inclusão, especialmente nos Estados Unidos. Corporações como Google e Meta já reduziram suas iniciativas nesse campo. O proprietário do X, Elon Musk, adotou uma postura radical, classificando as políticas de inclusão como “distração” e “uma forma de socialismo corporativo”. Historicamente, a diversidade foi considerada um pilar estratégico, promovendo equidade e fortalecendo a cultura empresarial.
A resistência a iniciativas de diversidade ignora seu impacto positivo nos resultados financeiros e na reputação organizacional. O relatório “Diversity matters ever more”, da McKinsey, de dezembro de 2023, analisou 1.265 empresas em 23 países e concluiu que empresas com maior diversidade de gênero e étnico-racial nas lideranças têm 39% mais chances de superar a concorrência financeiramente. Além disso, essas organizações apresentam melhores índices de impacto social e ambiental, consolidando a inclusão como uma estratégia essencial.
Encerrar programas de diversidade pode ser um erro semelhante ao que ocorreu com o setor de recursos humanos, que antes era visto como custo e hoje é reconhecido como estratégico. Empresas que extinguem iniciativas inclusivas prejudicam a inovação e a competitividade a longo prazo, além de afetar negativamente a percepção da marca. Em um mundo conectado, essa decisão pode resultar em críticas e boicotes, diminuindo a confiança dos stakeholders.
Por outro lado, as empresas brasileiras ainda resistem a essa tendência. Um levantamento da Blend Edu revelou que 72% das 102 analisadas em 2023 possuem uma área específica para gestão de diversidade e inclusão, um aumento em relação a anos anteriores. Para manter esse avanço, é crucial que as empresas reafirmem a inclusão como um valor inegociável, investindo na capacitação das lideranças e integrando a diversidade aos objetivos corporativos. A inclusão deve ser vista como um investimento estratégico para a competitividade, essencial para o sucesso empresarial.
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