BNDES impulsiona restauração florestal com investimento de R$ 1 bilhão e novas iniciativas

Um estudo publicado em 2024 na revista Science revelou que as ações de conservação ambiental são eficazes em dois terços dos casos analisados, abrangendo 186 pesquisas e 665 ensaios globalmente. O estudo, que abrangeu mais de 100 anos de iniciativas de preservação, destaca a restauração florestal como uma das ações mais impactantes, especialmente em um cenário de crise climática. Essa prática não apenas ajuda na captura de carbono, mas também conserva a biodiversidade e gera oportunidades econômicas para comunidades locais.

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tem priorizado a agenda de florestas, conforme afirmou seu presidente, Aloizio Mercadante, durante o evento States of the Future. O banco está implementando o programa Arco da Restauração, que visa recuperar grandes áreas desmatadas em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Desde 2023, o BNDES tem trabalhado para fortalecer a cadeia de restauração no Brasil, com um investimento de R$ 1 bilhão já realizado.

O governo federal lançou um projeto focado no reflorestamento da região amazônica conhecida como Arco do Desmatamento, com a meta de restaurar 24 milhões de hectares até 2050, retirando 1,65 bilhão de toneladas de CO2 da atmosfera. Essa iniciativa, estimada em US$ 40 bilhões, busca não apenas capturar carbono, mas também preservar a biodiversidade e gerar empregos. O BNDES está comprometido em tornar o Brasil uma referência global em restauração florestal.

Além do Arco da Restauração, o BNDES lançou a iniciativa BNDES Florestas, que inclui ações como o BNDES Floresta Crédito e o Floresta Viva. O BNDES Floresta Crédito, com R$ 1 bilhão disponíveis, visa impulsionar investimentos privados em manejo florestal sustentável. Já o Floresta Viva apoia projetos de restauração ecológica em todos os biomas brasileiros, com um total de R$ 733,8 milhões previstos para investimentos ao longo de sete anos. O BNDES também busca contribuir para as 23 metas da Convenção sobre Diversidade Biológica até 2030, promovendo um futuro mais sustentável.