British Council avalia venda de parte de sua coleção de arte para quitar dívida de £197 milhões

O British Council, organização internacional do Reino Unido para relações culturais, está considerando a venda de parte de sua coleção de arte para quitar uma dívida de £197 milhões. A instituição possui cerca de 9.000 obras de arte britânica dos séculos 20 e 21, incluindo peças de artistas renomados como David Hockney e Lucian Freud. Atualmente, apenas 20% das obras estão em exibição, devido à falta de um espaço permanente.

Durante a pandemia, o conselho contraiu um empréstimo emergencial de £250 milhões do governo e ainda deve a maior parte desse valor. O conselho paga cerca de £14 milhões anualmente em juros comerciais sobre o empréstimo. Para aliviar a pressão financeira, solicitou ao FCDO (Departamento de Relações Exteriores, Comunidade e Desenvolvimento) a redução dos pagamentos do empréstimo e um aumento no financiamento estratégico do governo, que foi de £163 milhões em 2024.

O CEO do British Council, Scott McDonald, mencionou a possibilidade de cortar o orçamento em £250 milhões, demitir centenas de funcionários e encerrar operações em até 40 países. Ele também ofereceu a coleção de arte ao governo em troca do perdão da dívida. O governo, por sua vez, afirmou que está comprometido em recuperar o empréstimo assim que as finanças do conselho permitirem.

Cerca de metade das obras da coleção não pode ser vendida devido a restrições legais. McDonald informou a um comitê parlamentar que está "explorando o que podemos vender da parte que não é restrita". Um porta-voz do conselho destacou que nenhuma decisão foi tomada e que a revisão dos ativos é parte dos esforços para garantir a sustentabilidade financeira a longo prazo da organização, especialmente em um momento em que o governo britânico anunciou a formação de um novo Soft Power Council.