04 de fev 2025
China impõe tarifas sobre petróleo dos EUA e abre oportunidades para exportações brasileiras
A China impôs tarifas de 10% sobre petróleo bruto dos EUA, favorecendo o Brasil. Petrobras exportou 30% de seu petróleo para a China no último trimestre de 2022. Brasil foi o sétimo maior fornecedor de petróleo à China, com 720 mil barris/dia. Aumento nas exportações pode ser "oportunístico", segundo o IBP e a Petrobras. Mudança nas vendas não é estrutural e pode ser revertida, alertam especialistas.
Foto: Reprodução
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A recente decisão da China de aplicar tarifas de 10% sobre as importações de petróleo bruto dos Estados Unidos pode beneficiar o Brasil, que já é um fornecedor significativo para o país asiático. Segundo Roberto Ardenghy, presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), essa situação abre uma "janela de oportunidade" para aumentar as exportações brasileiras de petróleo. Em 2024, o Brasil foi o sétimo maior fornecedor de petróleo para a China, com uma média de 720.000 barris por dia, conforme dados da StoneX.
No quarto trimestre de 2024, aproximadamente 30% das exportações de petróleo da Petrobras foram destinadas à China, uma queda em relação aos 44% do mesmo período em 2023. Ardenghy destacou que a imposição das tarifas pode resultar em um aumento nas vendas de petróleo brasileiro para a China, uma vez que cria uma "assimetria de mercado". Essa mudança pode ser vista como uma oportunidade para a Petrobras, conforme mencionado por Claudio Schlosser, diretor de Logística Comercialização e Mercados da estatal.
Schlosser, durante um evento no Rio de Janeiro, afirmou que a situação atual pode levar a um incremento nas vendas "oportunisticamente". No entanto, ele alertou que essa mudança não é estrutural e pode ser revertida, dependendo das condições do mercado e das políticas comerciais futuras. A Petrobras está atenta a essas dinâmicas e busca maximizar suas oportunidades no mercado chinês.
A expectativa é que, com a nova configuração de tarifas, o Brasil possa consolidar sua posição como um fornecedor estratégico de petróleo para a China, aproveitando a redução da concorrência americana. A situação será monitorada de perto pelas autoridades e empresas do setor, que buscam adaptar suas estratégias às novas condições de mercado.
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