Economia

Petróleo supera soja como principal produto de exportação do Brasil em 2024

Brasil se destaca como maior exportador de petróleo, mas enfrenta tensões internas sobre exploração na Foz do Amazonas e desafios climáticos.

Divulgação da Petrobrás (Foto: Reprodução)

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Em 2024, o Brasil se tornou o maior exportador de petróleo, superando a soja pela primeira vez desde 2012, com vendas que alcançaram US$ 45 bilhões. A China é o principal destino, absorvendo 44% das exportações, seguida pelos Estados Unidos e Espanha. O aumento da demanda chinesa, que quintuplicou em uma década, é impulsionado por tarifas sobre o petróleo americano, levando o país a buscar fornecedores alternativos como o Brasil.

Entretanto, o crescimento das exportações de combustíveis fósseis levanta preocupações sobre as metas climáticas do Brasil, especialmente com a COP30 se aproximando. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância de elevar a ambição climática, mas a exploração de petróleo na Foz do Amazonas gera divisões no governo. A Petrobras busca avançar no projeto, enquanto o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) recomenda sua rejeição devido aos riscos ambientais.

A relação entre Brasil e China se fortalece, com a China aumentando suas importações de petróleo e combustíveis refinados do Brasil. Especialistas apontam que a rivalidade entre Estados Unidos e China pode beneficiar o Brasil, que deve manter sua posição como fornecedor confiável. Apesar do crescimento nas exportações, a China também avança na transição para fontes de energia mais limpas, o que pode impactar a demanda futura por petróleo.

O Brasil enfrenta o desafio de equilibrar sua posição como exportador de petróleo com a necessidade de uma estratégia clara para a transição energética. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) argumenta que a exploração de petróleo pode financiar essa transição, mas críticos apontam a falta de mecanismos para vincular receitas de petróleo a investimentos em energias limpas. A falta de um plano claro para reduzir a dependência do petróleo continua a ser uma preocupação, especialmente com a pressão para explorar novas áreas sensíveis como a Foz do Amazonas.

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