05 de fev 2025
Nissan se prepara para encerrar fusão de US$ 58 bilhões com Honda após divergências nas negociações
A Nissan encerrou negociações com a Honda para fusão de US$ 58 bilhões. A proposta da Honda de tornar a Nissan subsidiária gerou forte oposição interna. A Nissan enfrenta crise financeira, com queda de 94% no lucro líquido e demissões. Ações da Nissan caíram 4,9%, enquanto as da Honda subiram 8,2% após anúncio. Ambas as montadoras planejam discutir novas colaborações até o final de fevereiro.
Fraco desempenho financeiro da Nissan levou a colapso de seu valor de mercado, para um quinto do valor da Honda, mudando o equilíbrio de poder. (Foto: Bloomberg)
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A fusão entre Nissan e Honda, avaliada em US$ 58 bilhões, está prestes a ser cancelada, conforme informações de fontes próximas às negociações. A Honda propôs transformar a Nissan em uma subsidiária integral, o que gerou forte oposição dentro da montadora japonesa. As duas empresas estão discutindo várias opções, incluindo a possibilidade de encerrar as negociações, que foram iniciadas em dezembro de 2024.
A Nissan busca um novo parceiro estratégico, preferencialmente do setor de tecnologia e com sede nos Estados Unidos, enquanto enfrenta uma desaceleração nas vendas e uma crise financeira. A montadora anunciou uma queda de 94% no lucro líquido do primeiro semestre e a necessidade de demitir 9.000 funcionários e cortar 20% de sua capacidade de produção. As ações da Nissan subiram até 8,7% após a divulgação das informações, mas a incerteza sobre o futuro da fusão impactou negativamente o mercado.
A Honda, que possui um valor de mercado 5,5 vezes maior que o da Nissan, expressou preocupação com a falta de progresso da Nissan em seu plano de recuperação. A proposta de aquisição total da Nissan pela Honda foi vista como um desvio do acordo inicial de fusão, que visava uma estrutura mais equilibrada. As negociações foram complicadas por divergências sobre a reestruturação necessária para a fusão.
O cancelamento das negociações representa um desafio significativo para a Nissan, que já enfrenta dificuldades financeiras e uma relação tensa com sua parceira Renault. A montadora precisa urgentemente de um novo plano de recuperação, especialmente em um mercado automotivo cada vez mais competitivo, dominado por empresas como a Tesla e fabricantes chineses de veículos elétricos. A situação continua em desenvolvimento, com um anúncio esperado em meados de fevereiro sobre o futuro das duas montadoras.
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