27 de fev 2025
Nissan planeja trocar CEO após fracasso nas negociações com a Honda
A Nissan planeja substituir o CEO Makoto Uchida por Jeremie Papin, CFO. A montadora enfrenta prejuízo de ¥80 bilhões (US$ 536 milhões) e dívida recorde. As ações da Nissan subiram até 4,9% após anúncio de mudança na liderança. A fusão com a Honda foi cancelada, mas parcerias com Mitsubishi e Foxconn são buscadas. A Renault critica a negociação com a Honda e considera novos parceiros estratégicos.
O atual CEO da Nissan, Makoto Uchida, tem 22 anos na empresa e assumiu o comando da montadora no final de 2019. (Foto: Kiyoshi Ota)
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A Nissan está considerando a substituição de seu diretor-presidente, Makoto Uchida, após resultados financeiros insatisfatórios e o colapso das negociações para uma fusão com a Honda. A empresa está avaliando possíveis candidatos para suceder Uchida, que ocupa o cargo desde o final de 2019. As ações da montadora subiram até 4,9% em Tóquio, indicando que a Nissan ainda busca um parceiro estratégico para garantir sua sobrevivência no mercado.
A publicação japonesa Diamond informou que Jeremie Papin, atual diretor financeiro, pode ser o escolhido para substituir Uchida. O CEO, de 58 anos, admitiu que está preparado para renunciar, mas deseja estabilizar os negócios antes de deixar o cargo. A Nissan projeta um prejuízo líquido de ¥80 bilhões (aproximadamente US$ 536 milhões) para o ano fiscal, uma queda significativa em relação ao lucro previsto anteriormente.
As dificuldades da Nissan incluem uma dívida recorde e rebaixamentos nas classificações de crédito. As negociações com a Honda para uma fusão foram canceladas devido a divergências sobre os termos, mas ambas as montadoras pretendem manter uma parceria estratégica com a Mitsubishi Motors. Uchida destacou a importância de futuras parcerias para a sobrevivência da Nissan, que enfrenta desafios para atrair consumidores devido a uma linha de produtos desatualizada.
Além disso, a Renault, maior acionista da Nissan, criticou a negociação com a Honda e está buscando se distanciar da montadora. A fabricante taiwanesa Foxconn também manifestou interesse em adquirir uma participação na Nissan, enquanto a empresa de private equity KKR considera um investimento para melhorar a situação financeira da montadora.
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