Alta do cacau deve reduzir demanda global por chocolate, aponta JPMorgan

O aumento dos preços do cacau deve impactar negativamente a demanda por chocolate em 2024, conforme análise do JPMorgan Chase. Os analistas revisaram suas previsões de déficit de oferta para a temporada 2024/25, reduzindo de 108.000 toneladas para 40.000 toneladas. Essa mudança se deve à expectativa de uma queda na demanda de pelo menos 1,8%, influenciada pelos preços elevados do cacau.

Os futuros do cacau, que quase triplicaram no ano passado, estão sendo negociados a cerca de US$ 10.000 por tonelada em Nova York. Apesar da redução do déficit, os preços do chocolate para os consumidores devem continuar altos, à medida que as empresas tentam compensar os custos crescentes. A pressão sobre os preços reflete a dificuldade do setor em manter a demanda.

Os fabricantes de chocolate, que antes viam uma demanda resiliente, agora observam um enfraquecimento. Em nota, os analistas do JPMorgan afirmaram que "os preços historicamente altos estão destruindo a demanda", prevendo uma contração na moagem mundial de cacau. Essa situação sugere que os consumidores estão reduzindo seus gastos com chocolates.

Para enfrentar os desafios financeiros, o setor está reformulando suas receitas, buscando substituir o cacau por outros ingredientes. A diretora executiva da Hershey, Michele Buck, destacou essa estratégia em uma reunião com investidores, indicando que a adaptação é necessária para aliviar as pressões de custo.