07 de fev 2025
BrasilAgro registra prejuízo no segundo trimestre, mas aposta na diversificação de negócios
BrasilAgro registrou prejuízo de R$ 19,6 milhões no segundo trimestre fiscal. Ebitda ajustado cresceu para R$ 31,1 milhões, superando resultado negativo anterior. Receita líquida se manteve estável em R$ 153,1 milhões, impulsionada por soja e cana. Desvalorização do real impactou negativamente, mas preços das commodities estão altos. Empresa planeja arrendar mais terras e adota hedge para mitigar riscos cambiais.
Fazenda São José, da BrasilAgro, localizada no coração do Maranhão: a empresa se beneficia de gestão de terras. (Foto: Divulgação/ BrasilAgro)
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A BrasilAgro (AGRO3) registrou um prejuízo líquido de R$ 19,6 milhões no segundo trimestre do ano fiscal, um aumento em relação ao prejuízo de R$ 10,1 milhões no mesmo período do ano anterior. No acumulado do semestre, o prejuízo atingiu R$ 30,1 milhões, contrastando com um lucro de R$ 19,4 milhões no ano passado. A empresa, que investe na diversificação de negócios por meio da compra e arrendamento de terras, enfrentou desafios devido à desvalorização do real frente ao dólar, impactando sua estratégia de hedge, conforme relatado pelo diretor financeiro, Gustavo Javier Lopez.
O Ebitda ajustado para o segundo trimestre foi de R$ 31,1 milhões, uma melhora significativa em relação ao resultado negativo de R$ 12,6 milhões do ano anterior. A receita líquida do trimestre permaneceu estável em R$ 153,1 milhões, enquanto no semestre, a receita totalizou R$ 607,7 milhões, um crescimento de 43% em relação aos R$ 403,1 milhões do ano passado. O aumento nas vendas de soja e a valorização da cana-de-açúcar foram os principais motores desse crescimento, conforme a empresa.
A venda de propriedades contribuiu com R$ 129,3 milhões ao caixa, resultado da conclusão de vendas na Bahia. A quantidade de produtos agrícolas vendidos no segundo trimestre foi de 398,2 mil toneladas, uma queda de 3% em relação ao ano anterior, mas a receita aumentou 4%, passando de R$ 147,2 milhões para R$ 153,1 milhões. A cana-de-açúcar se destacou como a principal commodity, com receitas de R$ 63,4 milhões, um crescimento de 82%.
A BrasilAgro continua focada na geração de valor por meio da compra e venda de terras, priorizando propriedades maduras. O CEO, André Guillaumon, destacou que a alta taxa de juros da Selic, atualmente em 13,25%, representa um desafio, mas é um cenário esperado. A empresa planeja arrendar mais terras para cana-de-açúcar e menos para soja e milho, prevendo um aumento na produtividade da cana entre 2% e 2,5%. Para mitigar os impactos cambiais, a BrasilAgro implementou estratégias de hedge e vendas antecipadas, protegendo 67% da exposição cambial a um preço de R$ 5,43.
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