03 de fev 2025
Boa Safra Sementes capta R$ 500 milhões com emissão de Certificados de Recebíveis
A Boa Safra Sementes captou R$ 500 milhões com Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) para financiar a compra de sementes e capital de giro. A oferta inclui quatro séries de vencimento entre 2030 e 2035, com remunerações variando de 15,4102% a IPCA + 8,9518%. As vendas de sementes aumentaram 21% em 2023, totalizando 164 mil bags, com 97% contendo biotecnologia. A empresa está expandindo para novos mercados, como sorgo e trigo, visando aumentar a adesão a sementes tecnológicas. Apesar do cenário favorável de produção, os altos juros dificultam o financiamento para os produtores.
Marino Colpo: “Demanda forte mostra que investidores acreditam na empresa” (Foto: Divulgação)
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A Boa Safra Sementes captou R$ 500 milhões por meio da emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), anunciada em 21 de janeiro. O montante será destinado ao capital de giro e ao financiamento da compra de sementes pelos clientes. Segundo Marino Colpo, CEO da empresa, a forte demanda demonstrou a confiança dos investidores, resultando em um spread menor do que o esperado.
A oferta foi estruturada em quatro séries, com as duas primeiras vencendo em 15 de janeiro de 2030. A primeira série terá remuneração de 15,4102% ao ano, enquanto a segunda oferecerá CDI + 0,4%. As demais séries vencerão em 2032 e 2035, com remunerações atreladas ao IPCA. Os recursos obtidos serão utilizados para quitar Cédulas do Produto Rural (CPR-Financeiras) que lastreiam os CRAs, com o Bradesco como coordenador líder.
A empresa observou um aumento nas vendas a prazo, que representam cerca de 30% do total comercializado. Em 2023, a Boa Safra vendeu 164 mil bags (aproximadamente 160 mil toneladas), um crescimento de 21% em relação a 2022. O faturamento no ano foi de R$ 2 bilhões, com 97% das sementes comercializadas contendo biotecnologia.
Colpo destacou que, embora as sementes não sejam o maior custo, sua participação nos insumos aumentou de 4% em 2008 para 16% atualmente. A empresa também está expandindo sua atuação em mercados como sorgo e trigo, embora essas culturas representem apenas 7% do faturamento. Apesar do cenário desafiador de juros altos, o executivo acredita que o clima favorável à produção em 2025 pode trazer melhores resultados.
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