Economia

Nestlé aposta em alimentos proteicos nos EUA e aguarda retorno do investimento

O aumento da obesidade nos EUA impulsionou o uso de medicamentos GLP 1 para emagrecimento. Empresas como Conagra e Nestlé reformulam produtos para atender usuários de GLP 1. A Nestlé lançou a linha Vital Pursuit, com refeições ricas em proteínas e fibras. Especialistas alertam que alimentos ultraprocessados não são a melhor opção para nutrição. A conveniência dos novos produtos pode atrair consumidores em busca de refeições práticas.

"As empresas de alimentos viram um grande potencial na crescente demanda por proteínas devido à ascensão dos GLP-1. (Foto: Gustavo Minas/Bloomberg)"

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A crescente demanda por proteínas está transformando o mercado alimentício, com empresas reformulando produtos para atender consumidores que buscam opções mais nutritivas. Essa mudança é impulsionada, em parte, pelo uso de medicamentos como os GLP-1, que ajudam na perda de peso, mas também geram uma necessidade de maior valor nutricional nas refeições. Nos Estados Unidos, mais de 170 milhões de adultos são considerados obesos ou com sobrepeso, e uma pesquisa de 2024 revelou que um em cada oito adultos já experimentou um GLP-1.

As empresas, como a Conagra Brands e a Nestlé, estão respondendo a essa demanda com produtos que oferecem porções controladas e alto teor de proteínas. A Conagra, por exemplo, reformulou suas refeições Healthy Choice para incluir um selo “On Track”, enquanto a Nestlé lançou a linha Vital Pursuit, que apresenta refeições congeladas com pelo menos 20 gramas de proteína. Além disso, a Nestlé introduziu uma bebida nutricional chamada Boost, que promete ajudar na saciedade.

Embora esses produtos possam parecer atraentes, especialistas alertam que muitos alimentos rotulados como "ricos em proteínas" podem não cumprir o que prometem. Diana Thiara, diretora médica da Universidade da Califórnia, recomenda que a proteína seja obtida principalmente de alimentos integrais, enquanto Shauna Levy, da Tulane School of Medicine, destaca que alimentos ultraprocessados devem ser a última opção. A conveniência, no entanto, é um fator importante que pode atrair consumidores.

À medida que o mercado de alimentos ricos em proteínas se expande, as empresas precisam garantir que seus produtos realmente ofereçam valor nutricional. Caso contrário, correm o risco de se tornarem mais um modismo passageiro. A capacidade de atender às necessidades dos consumidores de forma prática e saudável será crucial para a sustentabilidade desse segmento no futuro.

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