Economia

Petiscos com carne cultivada em laboratório estreiam no Reino Unido

Meatly é a primeira empresa a obter aprovação para carne cultivada no Reino Unido. "Chick Bites" contém 4% de carne de frango cultivada e é vendido por £3,49. A produção de carne cultivada reduz uso de recursos e emissões de CO2. Meatly planeja aumentar a produção com bioreatores de 20 mil litros. A empresa visa expandir para carne humana após consolidar aceitação no mercado pet.

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Consumidores no Reino Unido agora podem adquirir um petisco feito com carne cultivada em laboratório, uma inovação considerada um marco mundial. O produto, que contém 4% de carne de frango cultivada pela startup londrina Meatly, é uma combinação de ingredientes vegetais e foi o primeiro a receber aprovação regulatória para uso em alimentos para pets. A carne cultivada é produzida a partir de uma amostra de células de animais, que são cultivadas em um bioreator com água e nutrientes, resultando em uma massa proteica com menor impacto ambiental em comparação à criação de animais vivos.

O petisco, chamado “Chick Bites”, é vendido por £3,49 (cerca de R$ 24,00) por 50 gramas e está disponível em uma única loja da Pets at Home em Londres, que investiu na Meatly. Owen Ensor, fundador da empresa, destacou que a iniciativa visa atender à demanda crescente por alternativas sustentáveis na alimentação de pets, já que cerca de 20% da carne consumida globalmente é destinada a animais de estimação. Apesar do avanço, a carne cultivada ainda enfrenta desafios, como o alto custo de produção, que atualmente gira em torno de £30 (aproximadamente R$ 200,00) por quilo.

A tecnologia de carne cultivada ainda é rara, com poucos países aprovando sua venda, incluindo Cingapura, Estados Unidos e Israel. No entanto, alguns estados americanos, como Flórida e Alabama, baniram a carne cultivada, e a Itália se tornou o primeiro país a proibir sua venda, embora essa decisão esteja sendo contestada pela União Europeia. Ensor afirmou que a Meatly está trabalhando para reduzir custos, especialmente dos nutrientes utilizados no cultivo das células, que caíram de £700 (cerca de R$ 4.600,00) por litro para 26 pence (aproximadamente R$ 1,70).

Os testes com cães mostraram que o petisco foi bem recebido, com muitos animais preferindo-o à dieta habitual. Ensor mencionou que, ao explicar o processo de produção, que é semelhante ao da fabricação de cerveja, muitos proprietários de pets se mostraram entusiasmados com a ideia de uma alimentação mais sustentável. A Meatly planeja expandir sua produção para carne destinada ao consumo humano, assim que o processo regulatório no Reino Unido for estabelecido.

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