Economia

Mudanças climáticas são vistas como a maior ameaça ao agronegócio, revelam executivos

A 28ª Global CEO Survey da PwC revela que 56% dos executivos do agronegócio veem mudanças climáticas como principal ameaça. Enchentes no Rio Grande do Sul em 2024 evidenciam a vulnerabilidade do setor agropecuário. Quarenta e quatro por cento dos CEOs acreditam que suas empresas não sobreviverão mais de uma década sem mudanças significativas. Sessenta e um por cento dos líderes esperam que a Inteligência Artificial aumente a lucratividade até 2025. A qualificação da mão de obra é um desafio crescente, com 38% dos CEOs do agro apontando essa questão como crítica.

Região alagada no Rio Grande do Sul nas enchentes de maio de 2024: perdas para o agronegócio (Foto: CARLOS FABAL/AFP via Getty Images)

Região alagada no Rio Grande do Sul nas enchentes de maio de 2024: perdas para o agronegócio (Foto: CARLOS FABAL/AFP via Getty Images)

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Mais da metade dos executivos do agronegócio brasileiro, 56%, acredita que as mudanças climáticas serão a principal ameaça ao setor nos próximos anos, segundo a 28ª Global CEO Survey da PwC, que entrevistou mais de 4.700 líderes globais. Esse índice é superior à média nacional de 21% e à global de 14%, evidenciando a urgência em adotar medidas que mitiguem os impactos ambientais e garantam a sustentabilidade da produção agropecuária.

Apesar da preocupação com o clima, apenas 62% dos CEOs do agronegócio afirmaram que suas receitas estão ligadas a métricas de sustentabilidade, um número ligeiramente acima dos 59% da média nacional. A pesquisa indica que quanto maior a remuneração atrelada a indicadores de sustentabilidade, maior a probabilidade de aumento nas receitas associadas a investimentos climáticos. Além disso, 26% dos líderes do setor relataram que esses investimentos elevaram seus custos.

As condições climáticas adversas de 2024, como as enchentes no Rio Grande do Sul e secas em outras regiões, ressaltam a vulnerabilidade do agronegócio. Maurício Moraes, da PwC Brasil, destacou que a agenda ESG deve ser vista como uma forma de proteger os negócios, e não apenas como uma obrigação. A pesquisa também revelou que 76% dos executivos do setor estão otimistas quanto à aceleração da economia local em 2025, superando a média de outros setores.

Outro desafio significativo é a qualificação da mão de obra, com 38% dos CEOs do agronegócio considerando isso um problema, em comparação a 30% em outros setores. A crescente necessidade de novas tecnologias demanda uma força de trabalho capacitada. Além disso, 44% dos líderes acreditam que seus negócios não serão viáveis por mais de uma década sem mudanças significativas, um aumento em relação a 31% do ano anterior. Para enfrentar esses desafios, 61% dos executivos esperam que a Inteligência Artificial aumente a lucratividade em 2025, e 86% planejam investir na integração da IA com plataformas tecnológicas.

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