CEOs de serviços financeiros preveem rotatividade e desafios em cinco anos no cargo

Em um contexto de transformações no setor de serviços financeiros, 76% dos CEOs brasileiros acreditam que não permanecerão em seus cargos por mais de cinco anos, conforme a 28ª Global CEO Survey da PwC, divulgada nesta terça-feira. Esse percentual supera a média nacional de 61% e a média global de 56% para líderes do setor financeiro. Lindomar Schmoller, sócio da PwC Brasil, destaca que há uma pressão simultânea para reinventar modelos de negócios a longo prazo e para entregar resultados imediatos.

A pesquisa revelou que 11% dos CEOs esperam ficar menos de um ano no cargo, enquanto outros 11% preveem um período de um a dois anos. A maioria, 54%, acredita que permanecerá entre três e cinco anos. A pesquisa, realizada entre outubro e novembro de 2024, ouviu mais de 4,7 mil líderes em mais de 100 países, incluindo o Brasil, e mostra que o setor financeiro tem buscado novas bases de clientes e investido em estratégias de crescimento.

Um aspecto importante dessa reinvenção é o uso da inteligência artificial (IA) generativa. Apesar de sua adoção crescente, apenas 32% dos CEOs brasileiros relataram um aumento na lucratividade em 2024 devido à tecnologia, uma queda significativa em relação aos 71% do ano anterior. Contudo, 71% dos líderes ainda esperam que a IA generativa melhore a lucratividade nos próximos 12 meses, um número que supera a média nacional de 61%.

Além disso, 59% dos líderes afirmam que a IA generativa trouxe ganhos de eficiência. Schmoller observa que, embora já haja um aumento na eficiência, o impacto na lucratividade deve ser mais perceptível no médio prazo, refletindo a necessidade de adaptação contínua em um ambiente de rápidas mudanças.