17 de fev 2025
Academia e indústria se unem para impulsionar inovações em energias sustentáveis
O RCGI lançou o InnovaPower, com R$ 80 milhões em 13 projetos de energia renovável. Primeira planta mundial de hidrogênio a partir de etanol foi anunciada pelo RCGI. CINE renovou convênio com R$ 82,4 milhões para inovações em energia e hidrogênio. Pesquisas em Santa Catarina transformam cinza de carvão em zeólitas para captura de carbono. Projetos de combustível sustentável para aviação estão em desenvolvimento no Brasil.
Júlio Meneghini, do RCGI: estudo mira produção de SAF a partir do etanol (Foto: Divulgação)
Ouvir a notícia:
Academia e indústria se unem para impulsionar inovações em energias sustentáveis
Ouvir a notícia
Academia e indústria se unem para impulsionar inovações em energias sustentáveis - Academia e indústria se unem para impulsionar inovações em energias sustentáveis
O Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), da Universidade de São Paulo (USP), lançou o InnovaPower, um espaço voltado para energias renováveis com 13 projetos e um investimento de R$ 80 milhões da TotalEnergies. A iniciativa integra parques eólicos offshore e plantas de exploração de petróleo à rede elétrica brasileira, além de combinar a produção de energia solar com a agricultura. Um dos destaques é a primeira planta piloto do mundo para produzir hidrogênio a partir do etanol, que gera subprodutos como metano e monóxido de carbono.
Além disso, o RCGI está desenvolvendo uma operação de pirólise de biometano para produzir hidrogênio e negro de fumo, que pode ser utilizado em asfalto e concreto. O centro também investiga tecnologias para a produção de combustível sustentável para aviação (SAF) a partir do etanol. O projeto SAF, que envolve 14 instituições, busca três rotas de produção, incluindo a transformação de álcool em hidrocarbonetos e a utilização de gás natural.
No Laboratório de Mecânica da Fratura e Fadiga (LAMEFF), da Universidade Federal do Ceará (UFC), dois projetos receberam R$ 20 milhões da Finep. Um deles utiliza inteligência artificial para gerenciar a produção de hidrogênio verde, empregando um eletrolisador com membrana sustentável de quitosana. O outro projeto, em parceria com a Aeris, foca em reservatórios para armazenamento de hidrogênio a partir de carbono.
O Centro de Inovação em Novas Tecnologias (CINE), fundado por Unicamp, USP e UFSCar, renovou um convênio com a Fapesp e a Shell para investimentos de R$ 82,4 milhões em 15 projetos. Um dos focos é o uso de cristais de peroviskita em painéis solares, que são mais baratos que o silício. O CINE também investiga baterias de sódio e lítio oxigênio, além de buscar materiais mais acessíveis para membranas em hidrogênio verde. Em Santa Catarina, a SATC, com apoio de Diamante Energia e Eneva, pesquisa a transformação de cinza leve de carvão em zeólitas sintéticas, visando capturar carbono de termelétricas.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.