17 de fev 2025
Shein enfrenta pressão para reduzir valuation a US$ 30 bilhões antes do IPO
A Shein, varejista de fast fashion, enfrenta pressão para reduzir sua avaliação de US$ 100 bilhões para US$ 30 bilhões. Acionistas acreditam que a diminuição do valuation pode facilitar a oferta pública inicial (IPO) no Reino Unido. A empresa já tentou abrir capital nos EUA, mas falhou devido a questões de cadeia de suprimentos e práticas trabalhistas. A Shein, fundada na China e agora com sede em Cingapura, é uma das empresas mais valiosas do mundo. A incerteza política e as novas tarifas nos EUA impactam negativamente o modelo de negócios da Shein.
A Shein já foi avaliada em US$ 66 bilhões em uma rodada de financiamento em 2023 e em até US$ 100 bilhões em 2022. (Foto: Yuki Iwamura)
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A varejista de fast fashion Shein enfrenta pressão para reduzir sua avaliação para cerca de US$ 30 bilhões, uma queda significativa em relação a avaliações anteriores que ultrapassavam três vezes esse valor. Segundo fontes anônimas, os acionistas acreditam que esse ajuste é necessário para viabilizar sua potencial oferta pública inicial (IPO) no Reino Unido, após tentativas frustradas de listar a empresa nos Estados Unidos. A Shein tem enfrentado desafios em sua jornada rumo à abertura de capital, incluindo críticas sobre suas práticas de cadeia de suprimentos e questões trabalhistas.
A empresa, que foi fundada na China e atualmente está sediada em Cingapura, se destacou no mercado global com sua proposta de moda de alto volume e baixo custo. Seus investidores incluem grandes nomes como IDG Capital, Mubadala, Tiger Global Management e HongShan Capital. A Shein e sua concorrente Temu, que pertence à PDD Holdings, têm atraído consumidores nos Estados Unidos com produtos acessíveis, um modelo que se tornou popular em meio ao aumento do custo de vida.
Entretanto, a incerteza nas relações comerciais globais e as tensões políticas, especialmente sob a administração do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, têm gerado preocupações sobre o futuro da IPO da Shein. A eliminação da chamada regra de minimis, que isentava tarifas para pacotes com valor até US$ 800, impactou negativamente o modelo de negócios da empresa. Em 2023, a Shein foi avaliada em US$ 66 bilhões durante uma rodada de financiamento, enquanto em 2022 chegou a ser avaliada em até US$ 100 bilhões.
Recentemente, a Shein apresentou documentos confidenciais para um IPO em Londres, mas o entusiasmo dos investidores parece ter diminuído. Em janeiro do ano passado, reportagens indicaram que ações da empresa estavam sendo negociadas no mercado privado com avaliações de até US$ 45 bilhões, refletindo a crescente cautela em relação ao futuro da varejista. A empresa não respondeu a solicitações de comentários sobre a situação atual.
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