Economia

Justiça determina desocupação da Eataly em São Paulo até o final de fevereiro

O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que a Eataly deve desocupar até 28 de fevereiro de 2025. A Caoa Patrimonial processou a Eataly por inadimplência desde março de 2023. Justiça considerou que o imóvel não é essencial para as operações da Eataly. Eataly Brasil enfrenta dificuldades financeiras e pediu recuperação judicial em dezembro. A marca Eataly no Brasil foi perdida em 2024 por suposto descumprimento contratual.

Unidade do centro de gastronomia Eataly, em São Paulo (Foto: Divulgação)

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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) determinou que a Eataly Brasil deve desocupar o imóvel na Avenida Juscelino Kubitschek até 28 de fevereiro de 2025. A decisão é parte de uma disputa judicial iniciada em março de 2023, quando a Caoa Patrimonial, proprietária do espaço, solicitou o despejo devido à inadimplência nos aluguéis. Em agosto de 2024, uma liminar estabeleceu um prazo de 45 dias para a desocupação, seguido por um mandado de despejo que previa a saída até 19 de dezembro.

Após a notificação, a Eataly pediu reconsideração e a Justiça adiou a reintegração de posse para 21 de janeiro de 2025. Em 18 de dezembro, a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial, alegando que o imóvel é essencial para suas operações. A Justiça suspendeu a ordem de despejo, mas a Caoa contestou, afirmando que a Eataly acumula dívidas de IPTU e contas de consumo, além de argumentar que a empresa poderia operar em outro local sem prejuízo.

Na nova decisão, a Justiça reafirmou que a ação de despejo deve ser julgada no tribunal onde o processo foi iniciado. O advogado Gabriel de Britto Silva destacou que a decisão inviabiliza a operação da Eataly, contradizendo entendimentos recentes em recuperações judiciais, como o caso das Americanas. A Eataly, que chegou ao Brasil em 2015, perdeu recentemente o direito de uso da marca no país, e um processo de arbitragem está em andamento para resolver a questão.

A Eataly Brasil, que opera sob o conceito de slow food, enfrenta desafios financeiros significativos, incluindo dívidas com fornecedores e custos elevados de operação. O modelo de negócio, que valoriza produtos importados e uma experiência gastronômica sofisticada, é considerado caro. A empresa, que foi vendida a diferentes grupos desde sua chegada ao Brasil, aguarda um posicionamento oficial sobre a situação atual.

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