Southwest Airlines anuncia corte de 1.750 empregos para enfrentar aumento de custos

A Southwest Airlines anunciou a demissão de cerca de 1.750 postos de trabalho, representando 15% de sua liderança corporativa, em uma medida drástica para reduzir despesas. As demissões, que marcam a primeira vez na história da companhia, começam no final de abril e devem ser "substancialmente concluídas" até o fim do segundo trimestre. O CEO Bob Jordan descreveu a mudança como "muito difícil e monumental", ressaltando que o crescimento das funções de liderança superou o crescimento operacional por anos.

A companhia enfrenta desafios significativos, incluindo uma batalha com a gestora ativista Elliott Investment Management e mudanças operacionais. Além das demissões, a Southwest está repensando seu modelo de negócios, introduzindo assentos premium e mais espaço para as pernas. Historicamente, a empresa se orgulhava de nunca ter realizado demissões involuntárias, mas agora busca controlar sua força de trabalho, interrompendo contratações e oferecendo pacotes de saída voluntária.

As ações da Southwest caíram menos de 1% nas negociações em Nova York, com uma queda acumulada de 9,9% até 14 de fevereiro. A companhia havia expandido sua rede durante a pandemia, mas agora enfrenta custos crescentes e falhas nas entregas de aeronaves da Boeing, forçando a suspensão de planos de expansão. A Southwest planeja manter um crescimento de capacidade de 1% a 2% ao ano até 2027.

As demissões podem impactar a cultura da Southwest, que sempre valorizou o cuidado com os funcionários, uma filosofia defendida pelo cofundador Herb Kelleher. Apesar de melhorias financeiras no último trimestre de 2024, a companhia alertou sobre custos crescentes que podem prejudicar os lucros. A Southwest espera economizar US$ 210 milhões este ano com os cortes e US$ 300 milhões no próximo, incorrendo em uma despesa única de US$ 60 milhões a US$ 80 milhões neste trimestre.