Southwest Airlines inicia cobrança por bagagens e lança tarifas de economia básica

A Southwest Airlines anunciou que começará a cobrar pelo despacho de bagagens, uma mudança significativa que marca a primeira vez que a companhia, conhecida por suas tarifas baixas e benefícios aos clientes, abandonará essa prática. A decisão surge após pressões da Elliott Investment Management, que adquiriu uma participação na empresa e conquistou cinco assentos no conselho, exigindo mudanças rápidas. A partir de 28 de maio, passageiros que comprarem bilhetes, exceto os da classe tarifária mais alta, terão que pagar para despachar bagagens, embora clientes frequentes com status "A-List Preferred" ainda tenham direito a duas malas gratuitas.

A mudança alinha a Southwest com seus concorrentes, que arrecadaram R$ 5,5 bilhões em taxas de bagagem no último ano, segundo dados federais. O CEO Bob Jordan havia afirmado anteriormente que a gratuidade das bagagens era um dos principais motivos para a escolha da companhia pelos clientes. Contudo, o COO Andrew Watterson declarou que a necessidade de aumentar a receita para cobrir custos levou à decisão de implementar as taxas. A companhia também introduzirá uma nova tarifa econômica básica e mudará a forma como os clientes acumulam milhas no programa Rapid Rewards, com base no valor pago pelos bilhetes.

Além disso, a Southwest anunciou que os créditos de voo para bilhetes comprados após 28 de maio expirarão em um ano ou antes, dependendo do tipo de tarifa. Essas mudanças fazem parte de uma série de reestruturações na companhia, que tem enfrentado dificuldades em comparação com seus concorrentes. Em julho do ano passado, a empresa surpreendeu ao anunciar o fim do modelo de assentos livres e a introdução de opções de assentos com mais espaço.

A Southwest também está buscando reduzir custos, com a recente demissão de cerca de 1.750 funcionários, representando aproximadamente 15% de sua equipe corporativa. O CEO Jordan descreveu essa ação como "sem precedentes" em mais de 53 anos de operação. A companhia também cortou rotas não lucrativas e eventos de integração de funcionários, refletindo uma transformação em busca de uma organização mais ágil e eficiente.