Economia

Tecnofeudalismo: a nova teoria que compara big techs a senhores feudais e redefine a economia

Yanis Varoufakis, em "Tecnofeudalismo", critica o domínio das big techs. O conceito sugere que usuários se tornaram "servos" em um novo sistema econômico. A influência das big techs na política é destacada, especialmente na Era Trump. Varoufakis alerta sobre os riscos do tecnofeudalismo para países como o Brasil. A concentração de poder digital pode agravar a dependência e a falta de soberania.

Tecnofeudalismo: a palavra da vez após a eleição de Donald Trump (Foto: Arte Gustavo Amaral/ Agência O GLOBO)

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O economista Yanis Varoufakis, autor de “Tecnofeudalismo”, argumenta que o capitalismo foi substituído por um sistema mais opressivo, caracterizado pela dominação das big techs. O livro, que será lançado no Brasil em abril, explora como conglomerados digitais como Google e Amazon operam como feudos modernos, onde os usuários se tornam "servos" e os detentores de capital tradicional, "vassalos". Varoufakis destaca que a renda, em vez do lucro, agora é o motor desse novo sistema econômico.

O conceito de tecnofeudalismo, popularizado pelo pensador Cedrid Durand, sugere que a concentração de poder nas plataformas digitais se assemelha à estrutura social da Idade Média. Varoufakis observa que, com a ascensão das big techs, os mercados tradicionais foram substituídos por plataformas que extraem recursos dos usuários, cobrando "aluguel" pelo uso de suas infraestruturas tecnológicas. Essa dinâmica transforma a relação entre usuários e plataformas, que se tornam essenciais para o acesso a informações e serviços.

Pesquisadores como David Nemer e Kenneth Corrêa corroboram a visão de Varoufakis, afirmando que as big techs não apenas intermedeiam, mas dominam os mercados. Nemer ressalta que a dependência das plataformas digitais aumentou, especialmente após a crise financeira de 2008 e a pandemia, que reforçaram seu poder econômico. A concentração de poder nas mãos dessas empresas é vista como uma ameaça à democracia e à soberania digital, especialmente em países como o Brasil.

A influência das big techs na política também é um ponto de preocupação. Arthur Coelho Bezerra menciona que a concentração econômica se traduz em poder político, com empresas como a de Elon Musk exercendo controle sobre governos. Nemer alerta que, sem regulação rigorosa, o tecnofeudalismo pode agravar a manipulação da informação e a erosão do trabalho formal, impactando negativamente a dinâmica econômica e política no Brasil e no mundo.

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