Economia

Bancos brasileiros batem recorde de lucros e prometem dividendos atrativos em 2025

Os quatro maiores bancos do Brasil tiveram lucro recorde de R$ 108,2 bilhões em 2024. Banco do Brasil projeta lucro de R$ 37 a R$ 41 bilhões e dividendos de R$ 17 bilhões. Itaú deve distribuir R$ 30,8 bilhões em proventos, com dividend yield de 10,3%. Santander prevê R$ 7,5 bilhões em dividendos, mas enfrenta desafios de inadimplência. Bradesco, com lucro de R$ 19 bilhões, pode adotar postura conservadora em proventos.

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Os quatro maiores bancos do Brasil – Banco do Brasil, Itaú, Santander e Bradesco – alcançaram um lucro nominal consolidado de R$ 108,2 bilhões em 2024, um recorde histórico, conforme a consultoria Elos Ayta. Com esse desempenho, os investidores devem se beneficiar de maiores dividendos e juros sobre capital próprio (JCP). As projeções indicam que o dividend yield (indicador que mede o retorno de uma ação por meio de proventos) deve variar entre 8% e 10,80% ao longo do ano, segundo especialistas.

O Banco do Brasil espera um lucro entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões para 2025, com um payout estimado de 40% a 45%. Isso sugere que os dividendos podem chegar a cerca de R$ 17 bilhões, resultando em um dividend yield projetado de 10,80%. Victor Bueno, analista da Nord Investimentos, observa que, embora o dividendo possa ser maior, o preço das ações subiu quase 17% em 2024, influenciado pelo crescimento do agronegócio, que deve registrar a maior safra agrícola da história.

O Itaú Unibanco reportou um lucro recorrente de R$ 10,884 bilhões e planeja distribuir R$ 30,8 bilhões em dividendos e JCP, com um payout de 65%. O dividend yield projetado é de 10,3%, superior ao de 7% do ano anterior. Bernardo Guttmann, da XP, destaca a resiliência do banco em um cenário macroeconômico desafiador, além de um valuation ainda descontado em relação a patamares históricos.

O Santander Brasil deverá distribuir R$ 7,5 bilhões em dividendos e JCP em 2025, com um payout de 55%. O lucro líquido gerencial no quarto trimestre de 2024 foi de R$ 3,855 bilhões, um aumento de 74,9% em relação ao ano anterior. O dividend yield projetado é de 9,9%, embora a inadimplência, atualmente em 3,2% da carteira de crédito, seja um fator a ser monitorado. O Bradesco, por sua vez, espera um lucro de R$ 19 bilhões em 2024, mas pode adotar uma postura conservadora na distribuição de proventos devido a um cenário econômico desafiador. O dividend yield projetado para 2025 é de 6% a 8%.

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