26 de fev 2025
PetroRecôncavo e Brava Energia renovam contrato e alteram condições comerciais
PetroRecôncavo e Brava Energia renovam parceria por mais 24 meses, alterando termos. Novo contrato inclui aumento de descontos e preço variável atrelado a spreads. A PetroRecôncavo pode enfrentar queda no Ebitda devido a novos critérios de venda. Brava Energia se beneficia com custos reduzidos e maior previsibilidade de suprimento. Divergências nas análises financeiras refletem incertezas sobre o impacto do acordo.
Foto: Reprodução
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A PetroRecôncavo (RECV3) e a Brava Energia (BRAV3) firmaram, na terça-feira (25), um aditivo ao contrato de venda de petróleo da bacia Potiguar, estendendo a parceria por mais 24 meses. O novo acordo altera os critérios de precificação e o volume comercializado, aumentando os descontos aplicados ao preço do petróleo e introduzindo uma parcela de preço variável, vinculada aos spreads de querosene de aviação (QAV) e óleo diesel marítimo (MGO). Os spreads refletem a diferença entre o preço dos produtos refinados e o custo do petróleo bruto.
O acordo estabelece um volume mínimo de compra correspondente a 45% da produção da PetroRecôncavo na região, condicionado ao desempenho da Brava. Contudo, a PetroRecôncavo enfrenta um cenário comercial desafiador, com aumentos de 25% nos descontos para transporte dutoviário e 32% para o rodoviário. O Goldman Sachs projeta um desconto adicional de cerca de US$ 2 por barril, impactando o Ebitda da empresa no curto prazo, enquanto o Itaú BBA alerta para a pressão nos resultados.
A nova estrutura de precificação, que inclui a flutuação dos spreads, pode aumentar a imprevisibilidade das receitas da PetroRecôncavo, cuja produção na bacia Potiguar representa cerca de 30% do total. Apesar dos riscos, a empresa garante a venda de pelo menos 45% de sua produção, o que melhora a previsibilidade de parte da receita. No entanto, a incerteza persiste sobre a venda dos 55% restantes, que dependerão de condições de mercado.
Para a Brava Energia, o novo contrato é considerado positivo, garantindo suprimento para sua refinaria e reduzindo a exposição à volatilidade dos spreads de refino. A ampliação do desconto fixo no preço de aquisição do petróleo pode fortalecer suas margens operacionais. No mercado financeiro, o Goldman Sachs mantém a classificação neutra para ambas as empresas, enquanto o Itaú BBA reitera uma avaliação positiva para a PetroRecôncavo, com recomendação de desempenho acima da média do mercado.
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