Tarifas elevam custos e afetam o clima da Feira de Brinquedos na América do Norte

A North American Toy Fair, realizada anualmente em Nova York, trouxe um clima de incerteza para o setor de brinquedos em 2024, após o aumento de tarifas pelo presidente dos EUA, Lula. Em fevereiro, as tarifas sobre produtos chineses subiram em 10%, e na semana passada, um novo imposto de 10% foi anunciado, totalizando um aumento de 20%. Com cerca de 80% dos brinquedos vendidos nos EUA fabricados na China, a indústria se vê diante de um aumento abrupto nos custos, deixando empresas como a Basic Fun!, que produz 90% de seus itens na China, em uma situação complicada.

O CEO da Basic Fun!, Jay Foreman, expressou sua frustração, afirmando que a realidade é que "tarifas elevarão o custo dos brinquedos para os consumidores". Ele planejava compensar o primeiro aumento de 10% com preços mais altos e lucros reduzidos, mas teve que revisar sua estratégia após o novo anúncio. Agora, ele prevê um aumento de pelo menos 10% nos preços ao consumidor. As tarifas, que são impostos sobre importações, têm um impacto significativo, especialmente considerando que mais de $360 bilhões em produtos foram afetados durante o primeiro mandato de Trump.

O impacto das tarifas se estende a empresas menores, como a Clixo, que fabrica brinquedos magnéticos e está preocupada com os custos adicionais. Seu COO, Yaron Barlev, mencionou que "20% é um jogo diferente", refletindo a dificuldade de planejar lucros em um ambiente tão volátil. Embora Trump afirme que suas ações visam fortalecer a manufatura nos EUA, muitos fabricantes, como a Clixo, consideram a produção local inviável devido aos altos custos.

A Toy Association, um grupo de lobby do setor, está tentando convencer o governo a isentar os brinquedos das tarifas, alertando que aumentos de preços podem desagradar um público já insatisfeito com a inflação. O presidente da associação, Greg Ahearn, destacou que muitos membros são pequenas empresas com margens de lucro baixas. Durante a feira, a preocupação com as tarifas dominou as conversas, com muitos fabricantes expressando descrença e descontentamento com a situação.