05 de mar 2025
Bayer antecipa terceiro ano consecutivo de queda nos lucros devido a desafios no setor agrícola
Bayer enfrenta terceiro ano de queda nos lucros devido a litígios e concorrência. Previsão de lucro ajustado entre 4,50 e 5 euros por ação, abaixo do ano passado. CEO Bill Anderson busca reverter a situação e promete melhorias até 2026. Empresa reserva US$ 16 bilhões para litígios relacionados ao herbicida Roundup. Expectativa de crescimento nas vendas de medicamentos a partir de 2027.
A perspectiva aumenta os riscos para o CEO Bill Anderson, que assumiu as rédeas do conglomerado alemão em 2023. (Foto: Bloomberg/Krisztian Bocsi)
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A Bayer enfrenta um terceiro ano consecutivo de queda nos lucros, impactada por litígios nos Estados Unidos, redução nos preços agrícolas e nova concorrência em medicamentos. A previsão de lucro ajustado é de 4,50 a 5 euros por ação, abaixo dos 5,05 euros do ano anterior, alinhando-se à estimativa média de analistas de 4,61 euros. Analistas do Deutsche Bank destacam que, apesar de um guidance para 2025 não otimista, há esperança de melhorias a longo prazo.
O CEO Bill Anderson, que assumiu em 2023, está focado em simplificar operações e resolver litígios herdados da aquisição da Monsanto por US$ 63 bilhões. As ações da Bayer apresentaram recuperação, subindo 2,5% após o anúncio, embora ainda acumulem uma perda de quase 80% desde a compra da Monsanto. Anderson não optou por desmembrar a empresa, que opera em setores de agricultura, farmacêuticos e produtos de consumo.
A Bayer espera um Ebitda entre 9,5 bilhões e 10 bilhões de euros para este ano, uma queda em relação aos 10,1 bilhões de euros do ano passado. A divisão agrícola enfrenta desafios com preços baixos, enquanto a unidade farmacêutica precisa de crescimento em tratamentos como Nubeqa e Kerendia para compensar a queda nas vendas do Xarelto. A empresa reservou US$ 16 bilhões para litígios relacionados ao herbicida Roundup, que enfrenta alegações de causar câncer.
Anderson projeta que a divisão farmacêutica deve voltar a crescer em 2027, com vendas de Nubeqa e Kerendia alcançando 2,5 bilhões de euros este ano. A Bayer também busca aumentar a lucratividade na divisão agrícola, prevendo desbloquear mais de 1 bilhão de euros em ganhos até 2029. O impacto da guerra comercial é considerado misto, com a empresa importando pouco dos países afetados.
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