23 de abr 2025
Investidores da Bayer exigem soluções para crises e criticam gestão de Bill Anderson
Investidores criticam gestão da Bayer e pedem soluções para crises financeiras e legais, enquanto apoiam aumento de capital para enfrentar desafios.
Ações da Bayer caíram quase 80% desde a aquisição da Monsanto, quando a empresa herdou vários produtos que agora estão sujeitos a litígios em massa nos Estados Unidos. (Foto: Daniel Acker)
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Dois investidores alemães manifestaram preocupações sobre a gestão da Bayer, criticando os resultados do CEO Bill Anderson e a falta de soluções para os problemas legais da empresa. As declarações foram feitas antes da reunião anual de acionistas, marcada para sexta-feira.
Ingo Speich, da Deka Investment, descreveu os resultados dos dois anos de Anderson como “desastrosos”, citando a queda das ações, a alta dívida e os litígios nos Estados Unidos. Ele afirmou que a Bayer está “em um beco sem saída estratégico”. A Deka é uma das principais investidoras da empresa.
Janne Werning, da Union Investment, destacou que a divisão de ciências agrícolas da Bayer, a razão principal para a aquisição da Monsanto por US$ 63 bilhões em 2018, se tornou uma “criança problemática”. A unidade enfrenta dificuldades operacionais e a onda de processos judiciais relacionados a produtos da Monsanto continua a crescer.
Ambos os investidores reconheceram que não há soluções imediatas e se comprometeram a apoiar a maioria das resoluções na reunião. Speich criticou a Bayer por ter anunciado a intenção de buscar um aumento de capital apenas após a divulgação dos resultados financeiros, o que provocou uma queda de até 10% nas ações.
Desde a aquisição da Monsanto, as ações da Bayer caíram quase 80%. A empresa já pagou cerca de US$ 10 bilhões dos US$ 16 bilhões reservados para lidar com alegações de que o herbicida Roundup causa câncer. Além disso, a Bayer enfrenta bilhões em custos legais relacionados a PCBs tóxicos.
Deka e Union expressaram apoio a um possível aumento de capital no futuro para enfrentar os problemas legais, embora Werning tenha questionado a eficácia de mais dinheiro para resolver os litígios. Ambos os investidores ressaltaram que Anderson havia afirmado anteriormente que não buscaria um aumento de capital.
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