Economia

Trump administrações ameaça CFPB e especialistas alertam para riscos financeiros aos consumidores

O CFPB, criado após a crise de 2008, enfrenta cortes drásticos sob Trump. Juiz suspendeu demissões e questionou a abordagem do governo em audiência. A agência interrompeu ações legais e pagamentos a consumidores, gerando preocupações. Especialistas alertam que menos supervisão pode prejudicar consumidores financeiramente. A administração planeja "ajustar" o CFPB, mas pode reduzir sua eficácia e alcance.

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Em fevereiro, o Consumer Financial Protection Bureau (CFPB), agência federal independente criada após a crise financeira de 2008, fechou suas escritórios em Washington, D.C., e demitiu cerca de 200 funcionários. Os trabalhadores restantes foram instruídos a não realizar atividades sem autorização do diretor jurídico da agência, conforme comunicado do diretor interino Russell Vought. Relatos de funcionários indicam que a administração Trump, com apoio do Departamento de Eficiência Governamental de Elon Musk, planejava reduzir drasticamente o CFPB, mantendo apenas cinco funcionários, o mínimo exigido por lei.

Atualmente, as ações do CFPB estão suspensas após um juiz bloquear a demissão de mais empregados e expressar ceticismo sobre a abordagem do governo. A pausa visa garantir que a agência não seja desmantelada antes de uma decisão judicial, conforme afirmou a juíza Amy Berman Jackson. Uma nova audiência está agendada para 10 de março. As mudanças no CFPB fazem parte da promessa da nova administração de aumentar a eficiência e reduzir custos governamentais, com planos de "ajustar" a agência em vez de eliminá-la completamente.

Defensores do consumidor alertam que a redução drástica do CFPB pode resultar em menos proteção contra abusos da indústria financeira. Lauren Saunders, diretora associada do National Consumer Law Center, enfatiza que a falta de um regulador pode ter efeitos devastadores para consumidores com hipotecas, contas bancárias ou cartões de crédito. O CFPB, criado pela Dodd-Frank Wall Street Reform and Consumer Protection Act em 2010, regula produtos financeiros e pode processar instituições que operam fora da lei.

Com a diminuição da atuação do CFPB, os consumidores precisarão ser mais vigilantes em relação a suas finanças, verificando relatórios de crédito e extratos bancários. Mark Hamrick, analista econômico sênior da Bankrate, ressalta que essa responsabilidade adicional pode ser injusta, já que muitos consumidores não leem os detalhes das condições financeiras. Apesar de a administração atual não planejar encerrar todas as funções do CFPB, a intenção de reduzir seu escopo levanta preocupações sobre a proteção dos consumidores frente a práticas predatórias de grandes bancos.

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