Economia

Construtoras buscam fundos privados após novas restrições da Caixa Econômica

Novas regras da Caixa Econômica Federal restringem crédito imobiliário desde novembro. Construtoras buscam FIDCs, resultando em R$ 155,4 milhões em crédito em 2025. Aumento de 141,8% no volume de crédito reflete migração para o mercado privado. Limites da Caixa incluem redução de cotas e restrições a financiamentos ativos. FIDCs se tornam estratégicos, mesmo com possível flexibilização futura da Caixa.

FIDCs despontam como uma ferramenta estratégica para financiamentos imobiliários (Foto: Cristiano Mariz/Você S.A./VEJA)

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As novas regras de financiamento da Caixa Econômica Federal (CEF), implementadas em novembro de 2023, estão transformando o mercado imobiliário brasileiro. Com a redução da cota de financiamento e limites mais rígidos, incorporadoras e construtoras estão buscando alternativas no mercado privado. Um exemplo é o aumento de 141,8% no volume de crédito concedido por Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), conforme dados da gestora Multiplike.

Entre as principais mudanças da Caixa, destaca-se a diminuição da cota máxima de financiamento pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), que passou de 80% para 70%, e pela Tabela Price, que caiu de 70% para 50%. O banco também limitou o valor de imóveis financiados pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) a R$ 1,5 milhão e restringiu o acesso ao crédito para clientes com financiamentos habitacionais ativos. Essas restrições impulsionaram a demanda por FIDCs no setor da construção civil.

A Multiplike, por exemplo, concedeu R$ 155,4 milhões em crédito para construtoras entre novembro de 2023 e janeiro de 2024, um aumento significativo em relação aos R$ 64,2 milhões do trimestre anterior. O CEO da Multiplike, Volnei Eyng, afirmou: “Apesar dos impactos negativos das restrições da Caixa para o setor da construção civil, observamos um movimento intenso de migração de recursos para os FIDCs, em um fluxo nunca visto anteriormente”.

A decisão da Caixa de limitar o financiamento imobiliário foi motivada pela alta demanda por crédito, que resultou em R$ 175 bilhões emprestados para habitação até setembro de 2024, um aumento de quase 30% em relação ao ano anterior. A instituição também enfrenta desafios com o aumento dos saques da poupança e limitações nas Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), o que reforça a necessidade de conter a liberação de novos recursos. Com esse cenário, os FIDCs devem continuar a se consolidar como uma ferramenta estratégica para financiamentos imobiliários.

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