29 de abr 2025
Governo estuda novo modelo de funding para crédito imobiliário e busca alternativas
Governo busca alternativas para novo modelo de funding no crédito imobiliário, visando reduzir dependência da poupança e aumentar captação.
Pessoa em frente a prédio em construção no Rio de Janeiro (Foto: REUTERS/Pilar Olivares)
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O governo brasileiro está avaliando um novo modelo de funding para o crédito imobiliário, com o objetivo de diminuir a dependência da poupança e aumentar a captação de recursos no mercado. As discussões foram intensificadas após declarações do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), na terça-feira (22). Ele destacou a necessidade de uma transição para um sistema que se aproxime das captações de mercado.
No dia seguinte, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista à CNN que o governo ainda deve uma solução para o setor. Ele ressaltou que o Brasil carece de um mercado secundário eficiente para o crédito imobiliário, o que impede os bancos de alavancar recursos da poupança. Haddad mencionou que o governo está estudando alternativas para resolver essa questão.
Atualmente, a captação de recursos da poupança para o crédito imobiliário está em queda. Em fevereiro de 2024, apenas 31% do funding vinha da poupança, comparado a 38% em fevereiro de 2023. O presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Sandro Gama, destacou que a proporção já chegou a 70% no passado. Outras fontes de funding incluem o FGTS, que representa 26%, e o mercado de capitais, com 18% de Letras de Crédito Imobiliário (LCIs).
Alternativas em Discussão
Gama acredita que não haverá uma única solução para o problema. Ele sugere que os recursos da poupança sejam direcionados para financiamentos de longo prazo, enquanto operações de curto prazo, voltadas para construtoras, fiquem restritas ao mercado de capitais. Além disso, ele defende a revisão das regras das LCIs para restaurar a liquidez de três meses, que foi alterada para um ano.
Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) também estão ganhando destaque como uma alternativa viável. Um relatório da S&P Global Ratings indica que as mudanças nas regras para esses papéis tiveram um impacto positivo no funding, e as empresas do setor devem continuar buscando diversificação nas fontes de recursos.
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