Economia

FMU solicita recuperação judicial para renegociar dívidas de R$ 130 milhões em São Paulo

A FMU, sob gestão da Farallon, pediu recuperação judicial para renegociar R$ 130 milhões. A dívida se agravou devido à pandemia e problemas com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A instituição, com receita de R$ 300 milhões, garante que aulas e programas continuarão. Fundadores da FMU buscam cobrança de R$ 7 milhões em aluguéis e IPTU na Justiça. A FMU projeta crescimento saudável após a recuperação, com margem Ebitda estimada em 21,5%.

(Foto: J. Kelly Brito/Unsplash)

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A Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), localizada em São Paulo, protocolou um pedido de recuperação judicial nesta quinta-feira, 13 de janeiro de 2024, para renegociar dívidas que somam R$ 130 milhões. A instituição, que atende cerca de 70 mil alunos em nove unidades, busca proteger seu fluxo de caixa, afetado por investimentos realizados durante a pandemia para a transição para aulas online. A FMU destaca que a maior parte de sua dívida é oriunda de compromissos com fornecedores e instituições financeiras, totalizando R$ 113,3 milhões.

A FMU, que possui uma receita anual de aproximadamente R$ 300 milhões, enfrenta desafios adicionais, como problemas relacionados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que viu um aumento na inadimplência e uma redução significativa no número de contratos. Em 2021, o Fies registrou o menor número de vagas em 11 anos, com apenas 93 mil contratos, em contraste com os 732 mil oferecidos em 2014. A instituição espera que, com a recuperação judicial, sua margem Ebitda (lucro antes de impostos, tributos, depreciações e amortizações) melhore substancialmente, projetando um aumento para 21,5% até 2025.

A FMU foi adquirida em 2013 pelo grupo americano Laureate Brasil por cerca de R$ 1 bilhão e, em 2020, foi vendida à gestora Farallon Capital Management por R$ 500 milhões para evitar problemas concorrenciais. A instituição enfrenta ainda disputas judiciais relacionadas a aluguéis e taxas de IPTU de propriedades pertencentes à família fundadora, que já garantiu uma penhora de R$ 7 milhões. Apesar das dificuldades financeiras, a FMU assegura que as atividades acadêmicas e os programas sociais continuarão normalmente, sem impacto para os alunos.

O pedido de recuperação judicial foi formalizado pelo escritório Galdino, Pimenta, Takemi, Ayoub Salgueiro, Rezende de Almeida, que representa a FMU. A instituição enfatiza que as medidas solicitadas são essenciais para garantir a viabilidade de suas operações e permitir um crescimento saudável nos próximos anos, mesmo diante da crise enfrentada.

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