Economia

Riscos geopolíticos se destacam entre preocupações das mineradoras, aponta EY

Riscos geopolíticos subiram para terceiro lugar na pesquisa da EY em 2025. Japão e Arábia Saudita priorizam autossuficiência em mineração, aumentando tensões. Inovação caiu para última posição, mas 54% das empresas planejam investir mais. Mineradoras brasileiras enfrentam aumento de custos e esgotamento de reservas. Pesquisa ouviu 353 executivos de grandes mineradoras com faturamento acima de R$ 1 bilhão.

ALERTA Mineração: riscos geopolíticos devem crescer nos próximos meses (Foto: Divulgação/Vale/VEJA)

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Os riscos geopolíticos se tornaram uma preocupação crescente para as empresas de mineração em 2025, conforme revela a pesquisa “Top 10 business risks and opportunities for mining and metals”, realizada pela consultoria EY. Publicado em 13 de janeiro, o estudo aponta que esses riscos ocupam agora a terceira posição no ranking, subindo quatro lugares em relação ao ano anterior. A pesquisa destaca que governos estão priorizando a autossuficiência em setores estratégicos, como a mineração, para garantir a segurança nacional, citando iniciativas do Japão e da Arábia Saudita.

A EY ressalta que a concentração do abastecimento mundial de minerais gera complexidade geopolítica, exigindo cadeias de fornecimento mais transparentes. O ressurgimento de um viés nacionalista, exemplificado pelo movimento “Make America Great Again” nos Estados Unidos, tem levado à imposição de sobretaxas e ao aumento das tensões comerciais. O estudo alerta que as novas políticas e regulamentações podem intensificar as incertezas geopolíticas nos próximos meses.

Em contraste, as preocupações com inovação caíram significativamente, ocupando a última posição no ranking de riscos e oportunidades. Apesar disso, 54% das empresas consultadas planejam aumentar seus investimentos em inovação, com 15% prevendo um aumento de pelo menos 20% em relação a 2024. A pesquisa indica que a maioria dos esforços de inovação se concentrará em melhorias de processos e fontes alternativas de energia.

No Brasil, as mineradoras estão mais preocupadas com aumentos de custos e produtividade, que lideram a lista de riscos locais, enquanto na pesquisa global ocupam a sexta posição. A alta do dólar e a inflação impactam os custos das empresas brasileiras, tornando a produtividade uma questão crítica. O esgotamento das reservas é a segunda maior preocupação, refletindo a dificuldade crescente em manter a produção diante da redução dos teores de minério. A pesquisa da EY ouviu 353 executivos de grandes mineradoras, representando 35% da amostra.

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