Yduqs reverte prejuízo e registra lucro de R$ 13,8 milhões no quarto trimestre de 2024

As ações do grupo de educação Yduqs (YDUQ3) tiveram um aumento significativo nesta terça-feira, 18 de fevereiro de 2024, após a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2024. Às 11h40, os papéis subiam 7,70%, cotados a R$ 12,31, e chegaram a disparar cerca de 10% mais cedo. A empresa registrou um lucro líquido de R$ 13,8 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 120,3 milhões do mesmo período de 2023. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 395,2 milhões, um crescimento de 14,6% em relação ao ano anterior, com a margem Ebitda ajustada subindo de 28% para 31,2%.

A XP destacou que, apesar de resultados difíceis de interpretar, os números foram positivos, com receita e margem Ebitda ajustada superando as expectativas. Os principais pontos incluem um leve aumento na receita, impulsionado pela unidade de negócios premium, e uma margem Ebitda ajustada maior, devido à maior participação de cursos premium. A alavancagem se manteve estável, e o guidance de lucro por ação para 2024 foi alcançado. O Bradesco BBI observou que o balanço estava alinhado com suas estimativas, mas com uma geração de caixa mais robusta, destacando a redução da dívida líquida em R$ 92 milhões no trimestre.

As matrículas preliminares para o primeiro trimestre de 2025, que representam 83% do ciclo, cresceram 2% em relação ao ano anterior, superando a expectativa de estabilidade do BBI. Esse crescimento foi impulsionado por um aumento de 95% nas matrículas semi-presenciais, compensando quedas de 6% no presencial e 10% no EAD. A Yduqs também anunciou um dividendo de R$ 150 milhões, representando um rendimento de 4,7%, e totalizando R$ 530 milhões em retornos aos acionistas no ano.

A Genial avaliou os resultados como satisfatórios, destacando o controle rigoroso sobre custos e despesas, especialmente em vendas e marketing. A equipe de análise reafirmou a recomendação de compra para as ações da Yduqs, com um preço-alvo de R$ 15, citando um valuation atrativo e uma forte dinâmica de geração de caixa, mesmo diante de uma Selic elevada. O BBI também manteve a recomendação de compra, destacando um crescimento médio ponderado dos lucros de 36% entre 2025 e 2027.