20 de mar 2025
CVM investiga Eike Batista e sua criptomoeda para financiar projeto de supercana
Eike Batista retorna ao cenário empresarial com o Eike Token, mas a CVM investiga possíveis irregularidades na oferta do criptoativo.
Eike lançou token que custa US$ 1 para levantar US$ 100 milhões em recursos para financiar projeto de produção de supercana-de-açúcar (Foto: Glauce Cavalcanti/O Globo)
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Eike Batista anunciou no final de fevereiro seu retorno ao mundo dos negócios com um projeto bilionário focado na produção de uma supercana-de-açúcar. Para financiar essa iniciativa, ele lançou uma criptomoeda chamada Eike Token, que está sob análise da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A CVM busca esclarecer se a oferta dos tokens possui características semelhantes a valores mobiliários, embora, por enquanto, isso seja apenas um pedido de informações e não uma investigação formal.
O novo projeto de Eike, que já foi um dos homens mais ricos do mundo, visa criar uma supercana que promete produzir até três vezes mais etanol e até doze vezes mais biomassa do que a cana tradicional. O empresário afirma que essa produção poderia viabilizar a fabricação de etanol, combustível sustentável de aviação (SAF) e embalagens biodegradáveis. O Eike Token, desenvolvido na plataforma de blockchain Solana, é lastreado em ativos da nova empresa, a EBX Digital Green, que terá subsidiárias nos Estados Unidos, Brasil e Emirados Árabes.
Eike Batista, que não é formalmente sócio da nova companhia, se apresenta como idealizador do projeto e garoto-propaganda. Ele busca levantar US$ 100 milhões, o que representaria 10% do valor estimado do negócio, que é de US$ 1 bilhão. Cada token está sendo oferecido a US$ 1, com a expectativa de valorização de até 63 vezes após a maturação da empresa, alcançando um valor potencial de US$ 63 bilhões.
O advogado de Eike, Daniel Bar, afirmou que a CVM está apenas solicitando informações preliminares sobre o criptoativo, um procedimento comum. Ele também destacou que os tokens estão em fase de pré-lançamento nos Estados Unidos. Eike Batista, que já enfrentou problemas legais e foi condenado por crimes contra o mercado de capitais, agora busca reerguer sua imagem e seus negócios por meio de iniciativas sustentáveis.
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