20 de mar 2025
Lorenz aposta na mandioca como alternativa ao açúcar na agroindústria brasileira
Lorenz projeta crescimento de 25% até 2025, impulsionada pela demanda por amido de mandioca e maltodextrina no mercado saudável.
Fundada em 1916, a Lorenz foi a primeira fecularia da América Latina: hoje, a empresa tem 1,2 mil produtores parceiros (Foto: Reprodução)
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A mandioca, um ingrediente versátil na culinária brasileira, está ganhando destaque também na indústria, especialmente como alternativa ao açúcar. A Lorenz, líder no setor, tem investido no amido extraído desse tubérculo, com foco na maltodextrina, que se tornou essencial após a regulamentação sobre açúcares adicionados. Aleksandro Siqueira, diretor de Novos Negócios da Lorenz, destacou que muitas indústrias estão substituindo o açúcar convencional por maltodextrina para evitar a obrigatoriedade de declarar açúcares nos rótulos.
A maltodextrina, um pó branco derivado do amido de cereais e tubérculos, é amplamente utilizada em bebidas e produtos alimentícios para agregar valor nutricional. A nova Rotulagem Nutricional Frontal (RNF), que entrou em vigor no Brasil em 2022, exige que produtos com alto teor de açúcares adicionados sejam identificados, o que tem impulsionado a demanda por alternativas como a maltodextrina. A Lorenz projeta um crescimento de 25% até 2025, com expectativa de faturamento de R$ 412 milhões.
Além da fécula de mandioca, a empresa também trabalha com amido de milho e fécula de batata, atendendo tanto o mercado alimentício quanto o industrial. Atualmente, 50% da produção da Lorenz é destinada à exportação, com presença em países como Estados Unidos, Europa e América Latina. A empresa tem se adaptado às necessidades de clientes em setores variados, como laticínios e panificação, oferecendo soluções que substituem açúcar e melhoram a qualidade dos produtos.
Fundada em 1916, a Lorenz é a primeira fecularia da América Latina e processa cerca de 280 mil toneladas de mandioca por ano. A aquisição da unidade de Mundo Novo, em 2021, acelerou seu crescimento, com metade da produção dessa unidade voltada para exportação. Apesar da concorrência acirrada com a Tailândia, que processa até 2.000 toneladas de mandioca por dia, a Lorenz aposta na agregação de valor para se destacar no mercado global.
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