24 de mar 2025
Airbus alerta que tarifas de Trump podem impactar mais a Boeing do que a empresa europeia
Tarifas entre EUA e Europa podem prejudicar mais a Boeing, afirma CEO da Airbus, que defende colaboração na defesa europeia.
Segundo Guillaume Faury, a imposição de taxas afeta todo o mercado, mas sua empresa tem uma produção espalhada, o que reduziria o impacto. (Foto: Reprodução)
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O CEO da Airbus, Guillaume Faury, alertou que potenciais tarifas entre os EUA e a Europa podem impactar mais a Boeing, sua concorrente americana. Em entrevista à Bloomberg TV, Faury destacou que tarifas transatlânticas seriam um "grande fardo" para ambos os lados, mas poderiam ser ainda mais desafiadoras para a Boeing, que possui fábricas apenas nos EUA. A Airbus, com linhas de montagem na Europa, China e Alabama, pode ter mais flexibilidade para lidar com as consequências.
Faury enfatizou a importância da Airbus para o ecossistema da aviação nos EUA, afirmando que a empresa desempenha um papel crucial na forma como as tarifas são implementadas. Ele expressou otimismo ao mencionar que, por enquanto, não há discussões sobre tarifas relacionadas à aviação. O CEO lembrou que, no passado, tarifas não beneficiaram nenhum dos lados, caracterizando a situação como uma "perde-perde".
No que diz respeito aos setores de defesa e espacial, Faury reiterou a necessidade de colaboração entre países e empresas europeias para desenvolver produtos comuns, visando aumentar a segurança e o impacto. Ele destacou que a Europa precisa de maior escala em tecnologias, mencionando que, embora existam inovações semelhantes, elas devem ser integradas em projetos de maior envergadura.
Faury também comentou sobre a fragmentação do setor de defesa na Europa, sugerindo que a união em torno de tecnologias comuns é essencial. Com a previsão de entrega de 820 aviões em 2025, a Airbus busca retomar os níveis de produção anteriores à pandemia, mantendo uma vantagem competitiva sobre a Boeing.
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