Economia

Demissões voluntárias crescem no Brasil e revelam nova relação com o trabalho

Aumento de demissões voluntárias atinge 37,9% em janeiro, principalmente entre jovens. Fatores como saúde mental e flexibilidade impulsionam a busca por novos caminhos. Crescimento de microempreendedores individuais reflete mudança na relação com o trabalho. Empregos formais perdem atratividade, especialmente em setores com longas jornadas. Especialistas alertam: empresas precisam se adaptar às novas expectativas dos trabalhadores.

Isadora Teixeira deixou a carreira jurídica para empreender e hoje valoriza trabalhar em home office. (Foto: Leo Martins)

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O Brasil observa um aumento nas demissões voluntárias, com 37,9% dos desligamentos em janeiro ocorrendo a pedido dos trabalhadores, segundo estudo do economista Bruno Imaizumi, da LCA 4intelligence. Essa taxa, que era de 24% em 2020, tem crescido, especialmente entre jovens, mulheres e trabalhadores do comércio, refletindo uma mudança na relação com o emprego formal.

Os principais motivos para essa decisão incluem a busca por flexibilidade, melhores condições de trabalho e preocupações com a saúde mental. A rotatividade no mercado de trabalho está em alta, com muitos optando por se tornar microempreendedores individuais (MEIs) em busca de maior autonomia e qualidade de vida. Empregos que exigem longas jornadas, como na construção civil e na indústria, estão perdendo atratividade.

Isadora Teixeira, uma jovem de 26 anos, trocou um emprego em um escritório de advocacia por uma carreira como designer de branding, destacando que a rotina estressante e a falta de tempo para si mesma a levaram a essa decisão. Ela conseguiu conquistar clientes e, atualmente, desfruta de uma rotina mais equilibrada, com horários flexíveis.

A professora de inglês Beatriz Guimarães também fez a transição para o trabalho autônomo, criando sua própria escola de inglês online. Ela relatou que, após a licença maternidade, decidiu deixar o emprego formal para ter mais tempo com os filhos e, atualmente, seu negócio fatura quase dez vezes mais do que seu salário anterior. Essas histórias ilustram a crescente insatisfação com o emprego formal e a busca por alternativas mais flexíveis e satisfatórias.

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