Economia

Guiana se transforma em 'nova Dubai' com exploração petrolífera, mas enfrenta críticas ambientais

ExxonMobil é alvo de críticas na Guiana por práticas ambientais e contrato de lucros que favorece a empresa em detrimento do governo local.

Ilha artificial construída pela ExxonMobil na foz do rio Demerara em Georgetown, Guiana, para abrigar um porto petrolífero (Foto: Victor Moriyama/InfoAmazonia)

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Em Georgetown, capital da Guiana, a ExxonMobil enfrenta críticas por suas práticas ambientais e um contrato de partilha de lucros que destina apenas 12,5% da receita ao governo local. A empresa, que lidera a produção de petróleo no país, tem sido acusada de desrespeitar licenças ambientais e aumentar a produção sem as devidas autorizações.

A exploração no bloco Stabroek, que inclui os campos Liza e Payara, já produz 650 mil barris por dia e pode dobrar essa quantidade até 2027. Ambientalistas, como Sherlina Nageer, afirmam que as instituições guianenses estão sendo influenciadas por interesses estrangeiros. A ExxonMobil não respondeu aos pedidos de comentário sobre as denúncias.

Entre as práticas questionadas está o gas flaring, que libera grandes quantidades de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera. De 2019 a 2023, a empresa queimou 687 milhões de metros cúbicos de gás, emitindo 1,32 milhão de toneladas de CO₂. A Agência de Proteção Ambiental da Guiana (EPA) revisou a licença da ExxonMobil, permitindo que a queima de gás ocorra por até 60 dias consecutivos.

O contrato de partilha de lucros, assinado em 2016, foi criticado por estabelecer que até 75% da receita bruta seja destinada a custos operacionais, resultando em uma participação mínima para o governo. Os royalties de apenas 2% sobre o petróleo vendido são considerados baixos em comparação a outros países, como o Brasil, onde a alíquota pode chegar a 15%.

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