MLB atrai investidores de private equity em meio a mudanças financeiras e de mídia

A Major League Baseball (MLB) está atraindo investidores de private equity em meio a mudanças significativas nas estruturas de salários e direitos de mídia. Atualmente, dezoito das trinta equipes da liga já têm alguma conexão com esses investidores, que são vistos como ativos resilientes em tempos de incerteza econômica. A liga enfrenta desafios, como a possibilidade de um lockout se uma proposta de teto salarial for apresentada nas negociações coletivas de 2026.

Além disso, a MLB está lidando com um cenário de mídia em transformação, com a queda das receitas de redes esportivas regionais e a expiração de contratos nacionais em 2028. Michelle McKenna, conselheira sênior da Evercore, destacou que este é um momento de "transformação estratégica" para a liga, que busca ajustar sua estrutura econômica. A falta de um teto salarial, ao contrário de outras ligas, tem gerado disparidades salariais significativas.

O valor médio das equipes da MLB é de R$ 2,62 bilhões, com os New York Yankees liderando como a mais valiosa, avaliada em R$ 8 bilhões. Apesar de um crescimento nas receitas, que atingiram R$ 12,1 bilhões em 2024, a liga ainda apresenta um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de apenas 5%, em comparação com margens de cerca de 20% em ligas que possuem teto salarial.

Os investimentos de private equity têm potencial para melhorar as finanças das equipes, permitindo melhorias em estádios e experiências digitais, além de aumentar a capacidade de gastos com salários. Neil Barlow, parceiro de private equity, ressaltou que a MLB precisa se organizar para se tornar mais competitiva em termos de investimento, já que investidores institucionais hesitam em arriscar capital em um ambiente de incerteza.