15 de abr 2025
Shenzhen: o milagre econômico que transformou a China em potência industrial global
Shenzhen, que começou como uma vila em 1980, se tornou um polo industrial global, mas a dependência dos EUA da produção chinesa levanta preocupações.
Porto em Shenzhen, a primeira Zona Econômica Especial da China. (Foto: Jade Gao/AFP)
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Shenzhen, que em 1980 era uma pequena vila de pescadores, se transformou na primeira Zona Econômica Especial da China, resultando em um crescimento econômico de mais de 9.000% em três décadas. A cidade agora abriga grandes empresas globais como Apple, Qualcomm e Huawei, consolidando-se como um centro da indústria eletrônica. Cerca de 65% dos laptops e tablets do mundo são exportados da China, com Shenzhen sendo um dos principais polos de produção.
Outras cidades chinesas também se destacam em suas especialidades. Zengcheng, por exemplo, é responsável por 40% das peças de jeans vendidas nos Estados Unidos, enquanto Chenghai se especializa na produção de brinquedos. Esses polos de manufatura oferecem vantagens como proximidade entre fornecedores e fábricas, além de mão de obra treinada, o que impulsiona a eficiência e a inovação.
A dependência dos Estados Unidos em relação à produção chinesa é alarmante, especialmente em setores críticos como saúde, onde mais de 50% dos suprimentos médicos vêm da China. Essa situação pode ameaçar a segurança nacional americana, caso as relações entre os dois países se deteriorarem. O fortalecimento da capacidade produtiva interna dos EUA, sem coordenação com aliados, é considerado ineficaz.
As políticas de tarifas implementadas durante a administração Trump são criticadas por agravar a dependência americana da produção chinesa. A abordagem do trumpismo, ao invés de enfrentar a ascensão econômica da China, pode ter contribuído para a sua consolidação como potência global. O desafio para os EUA é redistribuir a produção de bens críticos entre nações aliadas, reduzindo a influência da China no mercado global.
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