UnitedHealth Group registra resultados trimestrais decepcionantes e reduz previsões para 2025

UnitedHealth Group reporta resultados trimestrais abaixo do esperado e ações despencam

A seguradora de saúde UnitedHealth Group divulgou resultados trimestrais inferiores às expectativas do mercado nesta quinta-feira, 17 de abril de 2025, surpreendendo investidores e provocando uma queda acentuada em suas ações. A receita ficou em US$109,6 bilhões, abaixo dos US$111,6 bilhões esperados, e o lucro por ação atingiu US$7,20, também menor que o previsto.

A empresa, que já controlou a Amil no Brasil, revisou para baixo suas projeções de lucro para 2025, citando o aumento dos custos médicos. A previsão atual é de um lucro ajustado por ação entre US$26 e US$26,50, em comparação com a estimativa anterior de US$29,50 a US$30.

Custos com Medicare Advantage impactam resultados

O presidente-executivo da UnitedHealth, Andrew Witty, classificou o desempenho como “incomum e inaceitável”. Segundo ele, a empresa está enfrentando desafios para atender a um número crescente de pessoas e não atingiu as expectativas de desempenho. Os custos de atendimento da divisão Medicare Advantage, voltada para idosos, aumentaram mais do que o esperado no final do trimestre.

Setor de saúde enfrenta pressão de custos

O setor de seguro-saúde nos Estados Unidos tem registrado um aumento de custos desde meados de 2023, impulsionado pela maior demanda por serviços médicos, especialmente sob os planos Medicare. A unidade Optum Health também sofreu com um perfil de pacientes mais doente e cortes nas taxas do Medicare.

Reação do mercado e impacto em outras empresas

A notícia causou uma forte reação no mercado financeiro, com as ações da UnitedHealth despencando quase 19% no final da manhã em Nova York. A queda arrastou outros papéis do setor, como Elevance, CVS Health, Cigna, Centene e Humana, resultando em uma perda de valor de mercado superior a US$130 bilhões.

Analistas apontam que o desempenho da UnitedHealth contrasta com as expectativas de que a demanda por serviços médicos se manteria estável em relação a 2024. “Ninguém estava esperando esse nível de erro ou corte na previsão”, afirmou Kevin Gade, diretor de operações da Bahl & Gaynor.