Tesla enfrenta crise sem precedentes enquanto Trump apoia a marca em evento inusitado

Tesla enfrenta crise com queda nas vendas e apoio de Trump

A fabricante de veículos elétricos Tesla vive um momento delicado, com queda nas vendas, recorde de recalls e rejeição global. Em meio à crise, a empresa recebeu apoio público de Donald Trump, que elogiou um Model S na Casa Branca.

Na terça-feira, 11 de março, Trump demonstrou apreço por um Model S vermelho, avaliado em US$ 90 mil, apesar de estar proibido de dirigir por questões de segurança. O gesto foi interpretado como uma demonstração de apoio ao principal financiador de sua campanha e maior acionista individual da Tesla, Elon Musk.

Musk ocupa o cargo de chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge), com o objetivo de reduzir gastos e otimizar a administração pública. A relação entre governos e a indústria automotiva é tradicionalmente próxima, com incentivos e subsídios para um setor que gera milhões de empregos.

Ações da Tesla despencam e marca perdem valor

Desde dezembro de 2024, as ações da Tesla registraram uma forte queda, sem sinais de recuperação até o momento. Um relatório da JPMorgan apontou que a marca perdeu mais valor em menos tempo do que qualquer outra na história da indústria automotiva.

As vendas da Tesla caíram drasticamente nos Estados Unidos, Europa e China, seu segundo maior mercado. A empresa também tem sido alvo de atos de vandalismo, com revendas depredadas e carros incendiados, em protesto contra as posições políticas de Musk.

Donos vendem carros e modelo Y é renovado

Em todo o mundo, proprietários de Tesla estão vendendo seus veículos por medo de retaliações ou discordância com o comportamento de Elon Musk. A marca enfrenta ainda a concorrência de fabricantes chineses e liderou o número de recalls nos Estados Unidos em 2024, com 5,1 milhões de chamados.

Musk anunciou a renovação da linha de veículos e o lançamento de um novo Modelo Y, seu produto mais vendido, buscando reverter a crise. A promessa do Cybercab, táxi autônomo, já não inspira confiança nos consumidores.