24 de abr 2025
Brasil adota medidas de ajuste fiscal e busca reduzir desigualdades, afirma Haddad
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirma compromisso do Brasil com ajustes fiscais ao FMI, destacando desafios econômicos e necessidade de cooperação global.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo (Foto: Adriano Machado/Reuters)
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou o compromisso do Brasil com ajustes fiscais de alta qualidade durante sua apresentação ao Comitê do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington, nesta quinta-feira (24). Ele destacou a importância de um novo arcabouço fiscal que visa melhorar a receita e reduzir subsídios ineficazes.
Haddad enfatizou que as políticas fiscais erráticas anteriores foram substituídas por uma regra fiscal mais sofisticada, permitindo a recuperação dos investimentos em áreas como educação e saúde. O ministro afirmou que, desde 2024, o Brasil adota uma estratégia de consolidação fiscal que é "amiga do crescimento", alinhada com uma política monetária restritiva.
Apesar das promessas, o FMI projetou que a dívida pública bruta do Brasil deve aumentar de 87,3% do PIB em 2024 para 92% do PIB em 2025, podendo chegar a 99,4% em 2029. Haddad também mencionou que o crescimento do PIB está abaixo das expectativas, agora projetado em 2% para 2025, uma redução de 0,2 ponto percentual em relação às previsões anteriores.
Desafios Econômicos
A inflação no Brasil permanece acima da meta, com Haddad atribuindo o aumento a choques climáticos que impactaram os preços de alimentos e energia. Ele reiterou o compromisso do Banco Central em trazer a inflação de volta ao centro da meta de 3%. O ministro também destacou a recente aprovação da reforma tributária e um plano de transformação ecológica.
Haddad, que não compareceu pessoalmente ao encontro, foi representado pela secretária de Assuntos Internacionais do ministério, Tatiana Rosito. Em sua declaração, ele falou em nome de vários países, incluindo Cabo Verde e Equador, e alertou sobre a imprevisibilidade da economia global, exacerbada por tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos.
Ele concluiu que a cooperação econômica global é essencial para enfrentar as incertezas atuais e que o progresso em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável é preocupante, com riscos de não serem cumpridos até 2030.
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