Construção civil enfrenta escassez de mão de obra e adota novas tecnologias para otimizar processos

O setor da construção civil enfrenta grande dificuldade na contratação de mão de obra qualificada, conforme pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE). Cerca de 39% dos empregadores relataram dificuldades significativas para encontrar profissionais capacitados, especialmente nas fases finais das obras, como acabamento e instalação de materiais.

As causas incluem a falta de incentivos à formação profissional e a migração de trabalhadores para outras áreas. Embora a pesquisa indique que essa escassez ainda não comprometa o andamento das obras, as empresas estão se antecipando para evitar atrasos e aumento de custos.

Tecnologias e métodos inovadores estão sendo adotados para mitigar os impactos da falta de mão de obra. Entre as soluções, destacam-se o uso de steel frame e construção modular. O steel frame, conhecido como método de “construção a seco”, utiliza perfis de aço galvanizado, reduzindo a necessidade de profissionais e acelerando o processo de construção.

A construção modular, que envolve a montagem de módulos pré-fabricados no local da obra, também se destaca. Essa técnica não apenas diminui os custos, mas também acelera o ciclo das obras, permitindo que partes já prontas sejam encaixadas rapidamente no projeto.

Além disso, empresas estão investindo em tecnologia para automatizar processos. O uso de robôs, drones e impressoras 3D contribui para a redução da dependência de mão de obra. Uma gestão financeira mais agressiva, com negociação antecipada de materiais, também tem sido uma estratégia eficaz para minimizar custos e enfrentar a alta dos insumos.

Essas inovações e estratégias são essenciais para que o setor da construção civil se adapte às novas realidades do mercado e mantenha sua produtividade em meio aos desafios atuais.