30 de abr 2025
Santander Brasil registra lucro de R$ 3,86 bilhões e mantém estratégia conservadora em 2025
Santander Brasil inicia 2025 com lucro líquido de R$ 3,861 bilhões, alta de 27,8%, e mantém cautela na concessão de crédito.
Mario Leão afirmou que não haverá 'grande salto' no ROEA em 2025; meta do banco é superar os 20% no indicador no médio prazo (Foto: Divulgação/Santander Brasil)
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O Santander Brasil (SANB11) reportou um lucro líquido gerencial de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025, um aumento de 27,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado também superou o lucro do quarto trimestre de 2024 em 0,2%. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE) ficou em 17,4%, apresentando uma leve queda em relação ao trimestre anterior, mas uma melhora de 3,3 pontos percentuais na comparação anual.
A margem financeira bruta do banco alcançou R$ 15,922 bilhões, um crescimento de 7,7% em relação ao ano passado. A receita total foi de R$ 21,058 bilhões, com um avanço de 7% em relação ao trimestre anterior. Apesar de alguns indicadores negativos, o banco manteve suas metas para o ano, incluindo um ROAE de 16,5%.
Desempenho e Estratégia
O CEO do Santander Brasil, Mario Leão, destacou que a estratégia do banco continua focada em ser mais rentável antes de crescer. Ele afirmou que o banco não espera um grande salto em 2025, mas sim uma continuidade na busca por rentabilidade. A carteira de crédito ampliada totalizou R$ 682 bilhões, com um aumento de 4,3% em relação ao ano anterior, mas uma leve queda de 0,1% em comparação ao trimestre anterior.
A inadimplência acima de 90 dias permaneceu controlada em 3,3%, enquanto as provisões para devedores duvidosos (PDD) somaram R$ 6,390 bilhões, um aumento de 5,7% na comparação anual. O banco também enfrentou desafios devido à nova Resolução CMN nº 4.966/21, que alterou a forma como os bancos reportam seus números.
Expectativas do Mercado
Após a divulgação dos resultados, as ações do Santander subiram 3,94%, fechando a R$ 29,52. Analistas da XP e do JPMorgan consideraram os resultados sólidos, apesar das expectativas de um trimestre mais fraco. O Goldman Sachs, por sua vez, manteve a classificação neutra para o banco, com um preço alvo de R$ 28 para o final de 2025.
O cenário macroeconômico continua desafiador, com altas taxas de juros impactando o crescimento do crédito. Leão reconheceu que, embora não haja uma crise de crédito, a deterioração de alguns portfólios é esperada. O banco permanece otimista em relação ao controle de despesas e à eficiência operacional, buscando um crescimento sustentável no futuro.
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