30 de abr 2025
Séniores ativos impulsionam inovação e crescimento no mercado de trabalho espanhol
Estudo revela que profissionais entre 55 e 75 anos geram 25% do PIB da Espanha, destacando a importância da experiência no mercado atual.
Juan Miguel Martínez Gabaldón, consejero delegado e diretor geral de Galletas Gullón, em uma imagem fornecida pela empresa. (Foto: Reprodução)
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Em Espanha, a aposentadoria aos 65 anos não é obrigatória, permitindo que muitos profissionais seniores continuem ativos. Um estudo recente indica que 25% do PIB é gerado por pessoas entre 55 e 75 anos, evidenciando a relevância da experiência e da adaptação tecnológica.
O aumento no número de trabalhadores acima de 65 anos é notável. Em 2024, o Instituto Nacional de Estatística (INE) registrou um crescimento de 9,4% entre os 322.700 ativos de 65 a 69 anos. Além disso, 56.400 pessoas com 70 anos ou mais permanecem no mercado. A União de Profissionais e Trabalhadores Autónomos de Espanha (UPTA) aponta que 20% dos 194.128 autônomos ativos até 64 anos atuam por iniciativa própria.
Importância da Experiência
Profissionais seniores, como Juan Miguel Martínez Gabaldón, CEO da Galletas Gullón, destacam que a experiência traz uma visão que não se aprende em livros. Ele enfatiza a importância de equilibrar a experiência com a inovação trazida pelos mais jovens. “Liderar é acompanhar mais do que mandar”, afirma.
Miguel Ángel Lorente, ex-diretor geral do Banco Santander, também se adapta às novas tecnologias. Aos 73 anos, ele lidera uma biotecnológica que utiliza algoritmos de inteligência artificial para diagnósticos médicos. “Adaptar suas habilidades a um novo setor exige esforço e vontade”, diz Lorente.
Colaboração Intergeracional
Luis Castillo, ex-executivo de banca e atual presidente da SeniorsLeading, ressalta a necessidade de colaboração entre gerações. Ele desenvolve projetos que integram profissionais acima de 50 anos e acredita que a tecnologia não deve ser vista como inimiga, mas como uma ferramenta essencial.
A presença de líderes seniores é notável em grandes empresas, como Iberdrola e ACS, onde executivos com mais de 70 anos continuam a influenciar o mercado. A presidente da Seguros Ocaso, Isabel Castelo D’Ortega, aos 95 anos, é um exemplo de longevidade no comando, com a empresa alcançando um lucro de R$ 128 milhões em 2024.
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