01 de mai 2025
Charlie Rudkin-Wilson transforma plástico descartado em objetos de design sustentável
Müll.Club, de Charlie Rudkin Wilson, busca £250.000 para expandir produção de móveis com plástico reciclado e firmar parcerias com grandes marcas.
As alianças da Müll.Club são feitas a partir de plásticos domésticos, como recipientes pretos e tampas douradas, que criam um efeito marmorizado. (Foto: Müll.Club)
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Charlie Rudkin-Wilson, graduada em artes, está à frente da marca Müll.Club, que transforma plásticos descartados em objetos de design. A empresa ganhou notoriedade em publicações como a Vogue e agora busca arrecadar £250.000 para expandir suas operações.
A nova instalação permitirá a produção de móveis a partir de plástico reciclado e facilitará parcerias com grandes marcas. Rudkin-Wilson utiliza plásticos de embalagens, como frascos de xampu e potes de iogurte, para criar itens com um efeito marmorizado. Por exemplo, o saboneteiro "The Greek" é vendido por £16 (cerca de R$ 100,00).
A fundadora, que já atuou como consultora de sustentabilidade na indústria do entretenimento, deseja mudar a percepção sobre o plástico. "Parte da missão do Müll.Club é fazer o plástico parecer um material valioso," afirmou Rudkin-Wilson. Atualmente, cerca de 36% do plástico produzido globalmente é utilizado para embalagens, e 85% disso vai para aterros, segundo dados da ONU.
Müll.Club começou durante a pandemia, inicialmente como uma loja física em Londres, vendendo produtos de limpeza e um centro de reciclagem. O primeiro produto criado foi o saboneteiro, que se tornou o mais vendido. Além da venda direta pelo site, os produtos estão disponíveis em lojas independentes e museus no Reino Unido e em alguns locais nos Estados Unidos.
A empresa já reciclou mais de 32 quilos de plástico da marca de cosméticos Lush, transformando-o em 2.000 pentes. Rudkin-Wilson também colabora com uma montadora de automóveis para reciclar plásticos de veículos. A marca recebeu resíduos de embalagens da Fortnum & Mason, que foram reaproveitados em novos produtos.
Com a expansão, Rudkin-Wilson pretende criar móveis a partir de plásticos doados. Ela espera que empresas assumam a responsabilidade pelo seu desperdício. "A indústria mudará e mais negócios inovadores surgirão," concluiu.
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